quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Germaine - Red List




By Acodesh

Germaine
    
 Quando Luis XVI, um homem corpulento e especialmente tolo chegou ao trono em 1774, estava completamente despreparado (e inadequado) para ser um líder em face a crise financeira da França. Por causa desta fraqueza, a corte se dividiu, com os Toreador mantendo o Status Quo. Os cainitas se opuseram as reformas do ministro de Luis, Turgot, forçando o monarca a exonerá-lo em 1776.
     Germaine, um seguidor fanático de Turgot, passou a desprezar o monarca. Sua sede de vingança o trouxe até um encontro com um grupo de homens e mulheres que compartilhavam os mesmos ideais. Eles chamavam a si mesmos de Girondistas e se dedicavam a destruir o rei. Eles não sabiam mas eram carniçais.
     A medida que a França continuou a drenar seus recursos no envolvimento com a revolução americana, Germaine e seus amigos interferiam com a igreja e a nobreza. Germaine se entregou de corpo e alma ao sonho de revolução na França. Nos 5 anos seguintes, o jovem Germaine testemunhou as habilidades sobrenaturais de seus companheiros. Inicialmente Germaine ficou profundamente perturbado, mas em pouco tempo percebeu como estas habilidades poderiam ser usadas para apressar a queda da monarquia. Neste período, Germaine implorou para que os carniçais ensinassem seus segredos. O líder dos Girondistas sempre recusou. Germaine se retirava irado, mas sempre retornava depois.
     Finalmente, ocultados pela escuridão da noite, eles o levaram além da fronteira da França, até a pequena cidade de Orbe, na Suíça. Ali, num monastério, ele conheceu seu mestre, Critias.
     Critias parecia pensativo e silencioso enquanto ouvia Germaine reclamava contra o governo francês. Germaine viu suas convicções caírem em ouvidos surdos. O homem de barba olhava para Germaine como se este não estivesse presente. Por fim Germaine implorou a Crítias para que lhe fosse dado o sangue, para que fosse transformado num carniçal. Critias rapidamente o dispensou, informando-o de que não estava destinado a ser tal como seus amigos. Germaine retornou com os carniçais para a França, sentindo-se trapaceado e humilhado.
      O tesouro decadente da França eventualmente entrou em colapso, indo a falência. Em maio de 1789 houve a reunião dos estados gerais onde estavam presentes muitos do baixo clero e um punhado de nobres. Eles desafiaram o rei, proclamando a si mesmos como assembléia nacional em 14 de Junho. A perda de prestígio do rei diante da assembléia nacional acendeu a chama da excitação em Germaine, e este passou a redobrar seus esforços.
    Os carniçais mantiveram suas identidades em oculto. Os Toreador se tornaram mais ativos em suprimir elementos dissidentes e intensificar suas buscas por influência cainita. A despeito das ordens dos Girondistas para que permanecesse inativo, Germaine atuava em missões solitárias de patrulha, buscando constantemente por formas de se tornar mais valioso para seus aliados sobrenaturais.
     Em tal empreendimento, ele encontrou a Condessa de Adhemar, que se enamorou por sua impertinência e por sua bela face. Ele viu nela a oportunidade perfeita de obter informações sobre os revolucionários, especialmente depois de descobrir que a condessa era uma amiga íntima da rainha, Maria Antonieta. Germaine não sabia, mas a condessa era uma Toreador neófita de Madame Guil, que por sua vez apoiava a revolução francesa por razões próprias. Inicialmente a condessa não estava interessada em conhecer Germaine a fundo. Para ela, Germaine era apenas um mercenário mortal, um brinquedo vindo da classe média. Em pouco tempo ela percebeu suas ligações com os revolucionários e as explorou em interesse de sua mestra. Ao controlá-lo, ela mantinha os Brujah um passo a frente dos Toreador.
     Germaine continuou sua vida dupla como revolucionário e amante da aristocrata Condessa de Adhemar conforme as revoltas se intensificavam. Maria Antonieta, livre para agir por ter um marido fraco, começou a implementar seus próprios planos contra-revolucionários aconselhada pela condessa.  Germaine forçado pelo o novo surgimento da febre revolucionária, fornecia informações aos Brujah de como explorar as falhas de Antonieta. O primeiro grande golpe Brujah aconteceu em 1789, quando foram capazes de incitar uma multidão a marchar até o palácio de Versalhes. Os Toreador frustraram a tentativa Brujah de assassinar o rei, que agora compreendia quão ousados os anarquistas haviam se tornado. A multidão forçou a família real a ir para o Palácio de Tuileries na própria Paris, e os Toreador entraram em pânico. Em 1791 tentaram tirar o rei e a rainha de Paris.
     Os Brujah seguiram o rastro do rei, e ele foi capturado. Sua fuga foi usada como prova de traição. Ele foi forçado a aceitar a constituição de 1791, que o reduzia a um títere. Finalmente, em Setembro, a monarquia foi abolida. O rei sobreviveria por apenas mais uns meses antes de perder sua cabeça na guilhotina, levando os anciões da França a fugir.
    A condessa agora tinha que esconder seu envolvimento. Ela imediatamente passou a perseguir Germaine por toda Paris.
     A principio, Germaine havia assegurado sua reputação com os carniçais de Critias, mas logo  voltaram sua atenção às buscas de sua própria revolução. Conforme seus poder político aumentava,  esqueceram de Germaine rapidamente. Ele foi deixado para os inimigos que fez entre os Toreador.   Germaine teria perecido se não fosse muito perspicaz. Ele sobreviveu até Outubro de 1792 , mas seus inimigos estavam rastreando rapidamente. Dias depois de Maria Antonieta ser guilhotinada, Critias retornou.

Sua não vida

     Em seu caminho para o novo mundo, Critias abraçou Germaine. O neófito chegou a conclusão de que havia finalmente recebido sua recompensa. Critias não o dissuadiu desta conclusão.  Na verdade Critias esteve guiando os passos de Germaine desde seu encontro na Suíça. Ele viu o rapaz como uma ferramenta útil a ser usada contra a Condessa de Adhemar, mas sabia que transformá-lo num de seus carnicais seria muito óbvio. Depois de ensinar ao neófito o uso de disciplinas, Critias desejou-lhe boas caçadas, deixou Paris e foi para a América.
     Germaine saboreou alegremente seus novos poderes, eles eram a recompensa que tanto desejava. Ele caçou por toda Paris ao término da revolução. Germaine sentiu um prazer amargo quando os Girondistas foram derrotados por seus rivais, os Jacobinos, os quais se dizia estarem sendo parcialmente controlados pelo sabá. Eles começaram a matar qualquer um suspeito de ser contra revolucionário. O reino de terror eliminou os últimos inimigos de uma França democrática, mas os Brujah conseguiram escapar.
     Germaine parou de se preocupar com a condessa, julgando que ela tivesse fugido do país. Havia muito a se fazer no reino de terror, muitos legalistas a serem expulsos. A condessa entretanto não o havia esquecido.  Numa noite tempestuosa de 1793 ela o encurralou num parque.
     A condessa o atacou com total ferocidade. Germaine se surpreendeu com o poder destrutivo que ela possuía. Ferido, ele fugiu, e ela o perseguiu pelas ruas. Se não fosse pela intervenção dos carniçais de Critias, Germaine teria encontrado a morte final. Critias lhes dissera que Germaine agora era um vampiro, e não mais lhes forneceu sangue. Os carniçais deduziram que Germaine seria sua nova fonte. Eles se tornariam seus carniçais e lhes seriam tal como músculos adicionais. Eles já estavam enfraquecidos quando encontraram o ferido Germaine e a condessa, mas como não tinham nada a perder atacaram a Toreador.
     Os carniçais garantiram a fuga de Germaine. A Condessa os destruiu facilmente, mas o amanhecer a ameaçava pois o sol já estava por nascer. Ela retornou a seu refúgio para dormir, se preparando para perseguir Germaine na noite seguinte. Germaine se enterrou numa pilha de lixo quando o sol já estava quase nascendo.
   Os outros Toreador indiretamente impediram a condessa de perseguir seu inimigo. Eles se perguntavam como era possível aos Brujah superar as mentes políticas mais brilhantes da Camarilla e chegaram a conclusão de que alguém havia traído o clã. A condessa estava agora envolvida numa situação de canibalismo político, conforme o clã voltava-se contra si mesmo em busca de traidores. Ela precisou de toda sua sagacidade para se manter acima de qualquer suspeita. Germaine conseguiu escapar, mas a condessa de Adhemar estava determinada a encontrá-lo, não importa quanto tempo isso demorasse.

Seus propósitos

     Germaine seguiu seu senhor para o novo mundo mas nunca o encontrou. Critias nunca disse seu nome para sua progênie, e a única coisa que o neófito sabia era que seu senhor havia ido para a América. Contudo, Germaine se lembrava do rosto de seu senhor. Ele quer se vingar em Critias por sua quase destruição nas mãos da condessa de Adhemar. Germaine está procurando em todas as cidades da América do Norte onde sabe haver anciões Brujah. Germaine sabe que, uma vez tendo-o encontrado, precisará agir com cautela para destruí-lo. Germaine já esperou dois séculos e obviamente não está com pressa.
    Germaine aprendeu a desprezar a Camarilla. Ele vê na Camilla a mesma coisa que via nos Toreador de Paris: uma classe privilegiada de vampiros que deseja governar as demais. Por este motivo Germaine, sempre que puder, se juntará a atividades anarquistas, mantendo sempre sua identidade em segredo. Ele sabe que é procurado pela Camarilla, mas não sabe que foi incluído na lista vermelha por ninguém menos do que MadameGuil, a atual justicar Toreador.

Sua natureza

    Germaine é um rebelde inveterado. Ele despreza qualquer tipo de autoridade, inclusive as estruturas de poder dos anarquistas. Ele se lembra do abandono por seus ``amigos'' carniçais e não se preocupa de terem morrido para salvá-lo. As memórias dos terríveis excessos do herdeiro francês e de sua nobreza é tão recente para ele como nos dias em que aconteceram. Ele considera que a Camarilla está recriando a mesma situação, mas de forma bem mais insidiosa (e global). A despeito disso, Germaine vê a máscara como primordial para a sobrevivência cainita (especialmente a sua própria). Ele não colocará a máscara diretamente em perigo a menos que isso lhe signifique uma grandiosa vitória sobre a Camarilla. Germaine não faz amizades e não se preocupa em andar sozinho.

Seu modus operandi

     Assim como qualquer outro anátema, Germaine se locomove tanto quanto possível. Os contatos com os anarquistas são os únicos que ainda mantém. Ele nunca diz seu nome, embora suspeite que existam Brujah que saibam quem ele é. Em sua maior parte, os Brujah não fazem perguntas. Eles vêem a um dos seus na lista vermelha como uma agressão a todo o clã, especialmente com os Toreador em busca de Germaine.
     Quando Germaine se compromete com uma causa, sempre vai até o fim . Embora não trabalhe com o sabá, Germaine é cuidadoso para não ser vítima de seus métodos de recrutamento. Ele compreende e até aprecia alguns de seus ideais, mas não quer se sujeitar a eles. Ele vê o sabá como uma manifestação temporária da evolução cainita, algo a ser desfeito uma vez que a Camarilla seja destruída. Não há como Germaine se preocupar menos com os rumores sobre a gehenna. Ele considera todo o conceito da gehenna e da golcolda como mera propaganda da Camarilla.

Seus crimes

     Germaine é o exemplo perfeito de um anátema cuja presença na lista vermelha é o resultado de se ter o inimigo errado, um que veio a se tornar um justicar. Ele é um anarquista, mas fez pouco para justificar sua posição entre os mais procurados da camarilla.
    Critias compreende quem Germaine é. Ele o ajuda a se manter um passo a frente de seus caçadores. A condessa de Adhemar, abandonada por Madame Guil, o quer morto. Ela não o faz em prol de Madame Guil, mas por medo de que seu envolvimento na revolução seja descoberto. Ela sabe que os Toreador não a perdoarão. Seus erros já recaíram sobre alguns Toreador de menor escalão, mas Germaine ainda está solto por aí. É a última voz a ser silenciada.
     O sabá quer Germaine. Eles estão apenas esperando que ele cometa um erro e se coloque a sua mercê. Eles acreditam que ele seria um bom membro sabá, e que tudo que o falta é um direcionamento adequado.

Clã que o caça

     Os Toreador o caçam, mas seu justicar tem feito pouco para rastreá-lo. Madame Guil, contudo, o mantém na lista e encoraja a outros para que o façam.

Germaine

Clã:brujah
Aliás: conde Germaine
Senhor:Critias
Natureza:fanático
Comportamento: visionário
Geração: 6a
Idade aparente: 25 anos
Físicos: força 4 , destreza 6, vigor 5.
Social: carisma 7 , manipulação 4 , aparência 4
Mental : percepção 3 , raciocínio 5 , inteligência 5
Virtudes: consciência 3 , autocontrole 4 , coragem 5
Talentos: atuar 2 , esportes 1 , briga 2, diplomacia 2 , esquiva 5, empatia 3 , intimidação 2, intriga 1, liderança 3, expressão poética 1 , sedução 2, manha 4 , subterfúgio 2
Habilidades: acrobacia 2 , boemia 5 , escalar 2 , dançar 2, debate 3 , disfarce 2, etiqueta 5 , tagarelar 7, armas de fogo 2, leitura labial 2, máscara 3 , falar em público 1, fertilidade 4.
Conhecimentos: burocracia 2 , história 2 , linguística 2 , filosofia 2 , política 4.
Disciplinas: auspícios 2 , rapidez 6, dominação 2 , fortitude 6, ofuscação 5 , potência 4, presença 6
Antecedentes: aliados 2 , contatos 3 , recursos 3
Humanidade: 5
Força de vontade: 7

Imagem: um homem modesto, despretensioso, tatuado e quase sempre sem camisa.
Citação: se eu me importasse com o que você pensa, teria perguntado, seu filho da puta.
Dicas de interpretação: você é beligerante por pura satisfação. Na verdade, você intencionalmente finge não entender uma frase, imputando-a com um significado ofensivo só para provocar uma discussão.
Refúgio:qualquer um
Influência: alguma entre os anarquistas
Observações: com o sexto nível de presença, Germaine é capaz de fazer aqueles a sua volta se enfurecerem.

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