By Acodesh
Enkindu
Sua vida
Ur na Caldéia
surgiu e caiu pelos caprichos dos vampiros sumérios. Embora a maioria tenha ido
para pastagens mais vermelhas, alguns retornaram para reviver as glórias do
passado. Em 2200 antes de cristo, quando a glória da Suméria foi restaurada
depois das invasões vindas do oriente, o antediluviano gangrel retornou e
construiu um zigurat para a glória da lua. Este se tornaria um santuário para o
clan, uma grande fortaleza com uma vista que se estendia por um vasto plano.
Enkindu,
o mortal, nasceu num pequeno vilarejo fora da cidade, o filho de uma família
pobre que cuidava dos animais de seu pai. Durante a noite ele observava a
montanha celestial. Algumas vezes ouvia música ou estranhos sussurros vindos
das pedras do zigurat. Ele também viu movimento nos pavimentos do zigurat.
Seres que pareciam observar a atividade da cidade, como gatos observando
pássaros enjaulados, deslizando com uma destreza impossível de pavimento a
pavimento.
Conforme
crescia, Enkindu se tornou prisioneiro de sonhos que pareciam vir até ele a
partir da montanha celestial. Seu nariz coçava enquanto dormia, como se algo
estivesse inclinado a apenas alguns centímetros de seu rosto. Em algumas
ocasiões os lábios de uma mulher pareciam prontos a serem pressionados contra
os seus próprios, e mais frequentemente, as garras de um animal, afiadas como
adagas pairavam sobre seu pescoço em pulsação. Ele sonhava com deuses nadando
na lama. Sua fúria devastando vilarejos inteiros jogando-os dentro do rio
eufrates. Quando acordou destes sonhos, a lua estava iluminando o templo. Mesmo
estando longe da cidade, ele os podia sentir no zigurat, o observando.
Enkindu
resistiu pelo tempo que foi capaz. Por fim, ele atendeu a estranha convocação
da montanha celestial e veio até Ur. Seja lá o que sua mente imaginasse
encontrar na escuridão, acabou encontrando apenas os excessos da humanidade.
Ele observou enquanto animais eram brutalmente sacrificados ao deus lua.
Enkindu se aventurou, aproximando-se das paredes do zigurat, desafiando os poderes
que lá habitavam. A montanha celestial o ignorou com a mesma fria impassividade
que estendia ao resto da humanidade. Enkindu sentiu sua arrogância, seu desprezo
pelos homens e mulheres que habitavam seu arredores. Ele vendeu seu rebanho e
foi viver dentre o horror, dentre a perversidade da qual a população de Ur
tanto se orgulhava. Enkindu passou a desprezá-los a cada dia que passava,
desprezando também a cada noite sombria, os deuses dentro da montanha
celestial.
Ele tentou ir
embora, mas os sonhos então o ameaçavam com imagens de terrível ferocidade a
qual não conseguia compreender. Ele detestava sua própria raça. Apenas os
animais, inocentes de ambição e de luxúria, o davam conforto. Enkindu observava
com ódio no olhar enquanto criaturas eram levadas para um massacre no altar do
deus lua, e sentia pesar por eles.
Durante a
noite observava os escolhidos deste deus, tal como urubus no topo do templo,
bebendo com seus cálices de ouro. Quando cochilava, sentia os visitantes. Ele
sentia em si mesmo o toque de garras e ouvia o lamento sussurado em seus
ouvidos pelos animais. Em corredores iluminados por tochas, viu a mulher
predatória do templo expor sua pele de alabastro, como se estivesse procurando
se aquecer no calor ensandecido da celebração humana. Eles apontaram suas
garras para Enkindu, acenando com a cabeça uns para os outros, como que
concordando que Enkindu seria um bom sacrifício para o seu deus.
Ele os
amaldiçoou, mas os estranhos gargalharam em resposta. Enkindu ficou tão irado
que pensou estar prestes a pegar fogo de tanto ódio. Então, quando o dia raiou,
ele decidiu penetrar o mistério e arrogância dos urubus do deus lua.
No calor do
próximo nascer do sol, se preparou para perder a própria vida. Enkindu roubou
uma arma e foi direto para o templo. Se atirou nas fracas fileiras de guardas
carniçais e os feriu com tanta fúria, que em seu ódio, nem foi capaz de notar.
Ele escalou as enormes paredes. Lanças surgiram acertando com impacto explosivo
bem próximo de Enkindu, mas este se escondeu entre os tijolos. Mesmo enquanto
os guardas escalavam atrás dele, uma multidão se aglomerava para observar os
céus, esperando silenciosamente a ira dos deuses.
O por do sol
chegou enquanto Enkindu chegava ao pico da montanha celestial. Um glorioso
templo lhe servia como coroa, suportada por pilares. O vento soprava ali e o
fedor da cidade era fraco. Inspecionando a entrada, sacou sua espada manchada
de sangue e entrou sem hesitação. Ele estava na mandíbula do deus que
desprezava.
A gangrel
mulher esperava por ele nas trevas. Ele ficou esperando pelas garras frias dos
gangrel rasgarem sua carne. Ao invés disso eles acenaram para que ele os
seguisse pelo labirinto de tijolos enlameados. O cheiro era de sangue frio e
animais, um cheiro que Enkindu estava chocado por considerar vagamente
agradável. Enkindu se deixou ser guiado e ficou esperando pela morte.
Os gangrel o
levaram até seu deus. O antediluviano descansava nas trevas, tremendo como se
estivesse fazendo um grande esforço - seus olhos estavam muito cansados. Uma
estranha música e chamados bestiais emanavam a partir deles. Ela olhava
intensamente para Enkindu e acenava para os outros que o haviam trazido, e Enkindu
então havia compreendido. Ele se ajoelhou e esperou para ser massacrado.
Sua não vida
Quando
Enkindu acordou, era como se tivesse experimentado todos os pesadelos em um
único flash de agonia. Ele sentiu novas forças, mas sua pele pálida revelava
que algo nele havia mudado. Outros gangrel o levaram para fora do templo e para
dentro da quietude da noite. Eles o contaram do destino que agora era seu.
Sua
mestra, a antediluviana do clan, mantinha dentro de seu corpo uma criatura de
poderosa malignidade. A criatura era um carniçal, um monstro criado a partir de
um animal agora extinto, criado por Set (o deus sombrio do longínquo Egito). A
criatura era destrutiva e sedenta por sangue. O antediluviano a mantinha
aprisionada com seus poderes de animalismo, preservando a vida da criatura
porque era o último de sua espécie no mundo.
A
antediluviana mantinha outras criaturas aprisionadas em sua carne. Estes, a
gangrel disse a Enkindu, seriam entregues a seus cuidados.
Os
gangrel treinaram Enkindu por um século, até que a cidade foi atacada por
setitas e seus aliados, incluindo povos semitas das terras agora conhecidas
como Irã e Síria. A Besta Tifônica parecia chamá-los enquanto Enkindu lutava
para mantê-lo dentro de seu corpo, tal como sua senhora o havia ensinado. A
invasão foi sangrenta, e trouxe o fim da última era dourada da suméria. Os
gangrel lutaram e caíram diante dos ataques concentrados dos seguidores de set.
Enkindu lutou com muito ódio, vendo toda a corrupção da humanidade refletida
nos olhos dos setitas. Desesperados para recuperar o animal tifônico, os
setitas o pressionaram, mas a raiva de Enkindu o tornou monstruoso. Ferid,o ele
escapou dos setitas e desapareceu na noite enquanto Ur queimava.
Enkindu
vagou por séculos caçando sem remorso vampiros e humanos. Ele forneceu sangue
de vampiro aos raros carniçais que carregava dentro de seu corpanzil. Por
muitas vezes se sentia exausto além de sua tolerância quando os carniçais
lutavam para se libertar. A besta tifônica constantemente buscava escapar.
Enkindu vagueou por um milênio, e a humanidade se espalhou pelo mundo. Ele
aprendeu os caminhos dos espíritos e os segredos do meio selvagem. Enkindu
lutava toda noite para submeter a malevolente besta tifônica a sua própria
vontade. Enkindu lutava com setitas que chegavam perto de encontrá-lo, e seu já
profundo ódio pelos setitas tomou proporções ainda maiores. Cada vez mais ele
passou a caçá-los com forte obsessão. Embora ocasionalmente encontrasse outros
gangrel, nunca mais veria sua senhora.
Seu propósito
Enkindu
aprendeu no meio selvagem que somente agarrando-se a humanidade, poderia
continuar em domínio da Besta Tifônica. Mas a terrível vingança que direciona
aos setitas constantemente ameaça sua humanidade. Ele é o salvador de criaturas
antigas e únicas. Enkindu se tornou perspicaz, e o talento em mimetismo é muito
útil quando se aventura nas cidades durante caçadas. Em seu desespero para se
agarrar a sua humanidade, dividiu parte de sua personalidade em uma outra
forma. Ele pode assumir esta segunda forma e com ela manter uma âncora mental em
conceitos humanos.
Na
forma feminina ele se adapta a situações sociais, permitindo caçadas mais bem
sucedidas em áreas civilizadas. Esta
forma feminina, cujo nome é Sabrina, se assemelha com uma gangrel típica. Ela usa
sua engenhosidade para localizar quaisquer setitas que possam estar nas
imediações, para depois caçá-los na forma mais bestial de Enkindu.
Sua natureza
Enkindu pode
ser considerado um indivíduo compassivo, mas apenas com criaturas
incivilizadas. Ele considera a civilização como uma monstruosidade que se
alimenta dos espíritos daqueles que nela
habitam. Ele detesta o barulho e sujeira das massas humanas. Enkindu
evita os garou a todo custo pois não deseja enfrentá-los. Contudo, não tem tais
escrúpulos quanto aos Andarilhos do asfalto e a outros garou urbanos. Com o
passar dos séculos Enkindu foi crescendo até chegar a um enorme corpanzil, no
qual guarda seus carniçais com ferocidade absoluta. Ele mantem a Besta Tifônica
sempre sob rédeas curtas.
A forma de Sabrina
é assumida por necessidade, sempre que Enkindu é confrontado por uma situação
que exija a sutileza desta parcela dividida de sua personalidade. Sua
humanidade está conectada com esta outra forma.
Seu modus
operandi
Enkindu
permanece próximo o bastante de cidades grandes para ter uma fonte confiável de
sangue vampírico, de modo a manter seus carniçais vivos. Muitos correm junto
com ele em suas caçadas e o defendem enquanto dorme durante o dia. Enkindu
frequenta zoológicos, dormindo com animais de grande porte, como elefantes e
rinocerontes.
Os setitas
querem por as mãos na Besta Tifônica, pois acreditam que ela pode levá-los ao
próprio Set. A Besta é uma complicação para a não vida de Enkindu, pois usa seu
poder de auspícios para chamar a qualquer setita que esteja próximo ao gangrel.
Ele mantem esta criatura maligna sempre faminta e fraca o bastante para que
possa controlá-la.
Sua amargura
em manter vigilância sobre o animal tifônico o levou muitas vezes a considerar
a idéia de matá-lo, mas sua compaixão transfere a culpa para os setitas. Ele
acredita que o extermínio de setitas libertaria a Besta Tifônica de sua
corrupção. Ele não compreende a verdadeira inteligência maligna da Besta.
Crimes
Enkindu vem
sendo visto matando membros já há alguns poucos anos, especialmente desde que ficou
mas envolvido com caçadas dentro de cidades. Curiosamente, os gangrel modernos
são os maiores inimigos políticos de Enkindu, e seu alerta sobre o perigo que
Enkindu representa levou a camarilla a colocá-lo na lista vermelha. A posição
deste anátema na lista representa o fato de que a camarilla acredita que
Enkindu não seja mais do que um vampiro animalesco. A camarila e os gangrel não
sabem nada a respeito da forma de Sabrina. Os gangrel gostariam de ver Noah
(forma como chamam o anátema) em posição mais alta na lista, mas até o momento
foram incapazes de convencer os outros clans. Para a Camarilla, um animal não é
tão perigoso como um criminoso político em atividade.
Clan que o
caça.
Os gangrel
reclamaram o troféu em relação a Enkindu, uma vez que fizeram fervorosa pressão para que fosse
colocado na lista. Existe uma pequena discórdia entre os anciões do clan
Grangrel sobre o valor de Noah. Alguns levam em consideração apenas o sangue
que ele derramou (muito desse sangue de membros do próprio clan grangrel),
outros consideram as criaturas únicas aprisionadas dentro da carne de Enkindu.
O sabá apenas
começou a tomar conhecimento a respeito de Enkindu, e se o detectarem, enviarão
alguns de seus grupos contra ele. A cúpula da Mão Negra mantém os olhos abertos
o máximo que pode, mas descobriram muito pouco sobre Enkindu.
Os lupinos
quase não fizeram contato com Enkindu fora das cidades. Enkindu é altamente
versado em hábitos e conhecimento sobre lupinos. Por esta razão, se move com
relativa facilidade por áreas selvagens.
O setitas
consideram Enkindu como um de seus objetivos prioritários. Ele mantem
prisioneiro um carniçal criado por seu deus sombrio, uma criatura que acreditam
ser capaz de levá-los até o antediluviano. Alguns setitas ambiciosos consideram
a Besta Tifônica como um ticket para o prêmio máximo – a oportunidade de diablerizar
Set.
Enkindu
Clan: Gangrel
Pseudônimo:
Noah, Sabrina
Senhor:
Gangrel
Natureza:
Cuidadoso/Sobrevivente
Comportamento:
Sobrevivente
Geração: 4ª
Idade
aparente: indeterminável
Físicos:
Força 9, Destreza 7, Vigor 9
Social: Carisma
2 (5 na forma de Sabrina) manipulação 3 (6 na forma de Sabrina), Aparência 0 (4
na forma de Sabrina)
Mental:
Percepção 9, inteligência 5, Raciocínio 6
Virtudes:
Consciência 5, autocontrole 2, Coragem 5
Talentos:
(Noah) – Prontidão 8, atletismo 5, briga 9, esquiva 8, empatia 3, intimidação
6, imitação 9 procurar 4
(Sabrina) – prontidão 2, briga
3, esquiva 4, empatia 4, intimidação 2, subterfúgio 2, manha 4
Habilidades :
(Noah) - Empatia com animais 9 – Alteração corporal 9, Caçar 9, Furtividade 8,
Sobrevivência 9, Nadar 3, Ratrear 7
(Sabrina) – Acrobacia 4 ,
Atuar 2, Alteração corporal 5, Camuflagem 4, escalar 3, Caçar 5, Furtividade 5,
sobrevivência 4, Armadilhas 4
Conhecimentos:
(Noah) – Linguística 7, Ocultismo 4
(Sabrina) – Conhecimento
das fadas 4, Conhecimento lupino 5, naturalismo 7
Disciplinas:
(ambos) Animalismo 9, Auspícios 2, Rapidez 7, Fortitude 8, obeah 3, ofuscação
5, Potência 7, Metamorfose 8, Vicissitude 6 – (somente Sabrina) Taumaturgia 3 –
Controle climático 3
Antecedentes:
Aliados 2, lacaios 5
Humanidade:
(Noah 4) , (Sabrina 7)
Força de
Vontade 9
Imagem: Noah
tem uma forma bestial enorme, que muda de aparência a cada noite. Seus olhos
são brancos. A forma Sabrina é a de uma jovem mulher de cabelos curtos e negros
com perturbadores olhos azul-esverdeados. Ela se veste com quaisquer roupas que
puder encontrar ao emergir como personalidade dominante.
Citação: uma
terrível pose bestial, gritos que emulam
o som de monstruosidades antigas que há muito chegaram a extinção.
Dicas de
Interpretação: (Noah) Você é o predador mais poderoso que o mundo já conheceu.
Você persegue suas presas em silêncio, sem remorso ou medo. Você nunca machuca
um animal, pois você os considera como seus iguais. (Sabrina) Você faz vista
grossa as falhas alheias. Sua prioridade é fazer alianças. Fale com muita
suavidade.
Refúgios:
Zoológicos
Influência:
Nenhuma
Observações:
os níveis extra de animalismo de Enkindu o tornam extremamente sedutor aos animais, o permitem se comunicar
com todos os animais que possan ouví-lo, convocar todos os animais da regiã e
fundir o corpo de animais com o seu próprio. Seus níveis extra de metamorfose
se combinam para permití-lo assumir a forma de Sabrina. Seus níveis extras de vicissitude
o permitem expandir seu corpo até chegar a um porte enorme.
Rumores: Suas
duas naturezas são partes coligadas de criaturas diferentes (F) , você caça
vampiros gangrel sem provocação (F), Sua aura parece cantar ou recitar (V),
você viveu por um longo período no Canadá (V), o fogo o aterroriza (F).
Obs.: Se o gangrel "bunda mole" general de Baba Yaga conseguiu matar 3 lobisomens antes de morrer quando estava lutando sozinho contra 12 garous de DIA, fico me perguntando qts lobisomens Enkindu mataria lutando durante a noite.
Obs.: Se o gangrel "bunda mole" general de Baba Yaga conseguiu matar 3 lobisomens antes de morrer quando estava lutando sozinho contra 12 garous de DIA, fico me perguntando qts lobisomens Enkindu mataria lutando durante a noite.
Um comentário:
Ele provavelmente elimina uma matilha inteira, e quem mais interferir...
Postar um comentário