sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Rabbat, Red List






By Acodesh

Rabbat

Sua vida

Rabbat já era uma idosa quando os mongóis varreram o império Ch´in no começo do século 13. As hordas de Genghis Khan levaram apenas dois anos para devastar completamente o país. Eles avançaram de cidade em cidade, massacrando todas as pessoas que encontravam. Rabbat sobreviveu. Eles a capturaram e a proclamaram como  a mulher mais feia que já viveu na terra.
Rabbat foi levada para Sarai, onde Temujin, o Khan dos Khans, a recebeu. Ali, assim como qualquer um a quem fosse concedido a permissão de ver o Khan, devia evitar seu olhar e fazer o longo caminho até seu trono em posição de reverência diante de toda a sua corte. Arqueada, com sua face contra o chão, ela lá permanecia até que toda a corte a zombava de todos os lados. Um cortesão erguia sua face deformada e triunfantemente mostrava a todos a besta que seus homens haviam capturado.
Satisfeito, o Khan disse para Rabbat que poderia ir, explicando que era muito horrorosa para ser morta e assim perturbar os mortos. Ele também declarou que poderia permanecer dentro do pavilhão real. Este simples edito também garantiu sua proteção, pois a ira do Khan recairia sobre qualquer um que a ferisse.
Ela rastejou andando para trás e para fora da sala, e então teve um colapso por exaustão. Guardas a levaram e a deram um lugar para descansar.
Ela se tornou uma excentricidade real, implorando por comida dos pratos dos cortesãos em cada refeição. Rabbat foi mantida no local para divertimento do Khan. Quando este morreu, seus 4 filhos dividiram seu reino. Um deles, Ugudei, herdou Rabbat, e rapidamente a tirou do palácio na cidade de Karakorum. Já extremamente velha, sem possibilidade de cuidar de si mesma, Rabbat foi procurar um lugar para morrer.
Sabanu, um nosferatu ancião trabalhando para Baba Yaga, percebeu a persistência de Rabbat diante do tormento. Ele decidiu que seria interessante concedê-la a imortalidade e assim permitir que se vingasse das perversidades dos invasores desalmados. Ele a abraçou, mesmo com Rabbat deitada implorando para que ele a deixasse morrer. Seu rosto assustador e seu corpo frágil foram transformados em algo ainda mais horripilante. Ela o amaldiçoava enquanto ele ia embora, seguindo seu caminho para nunca mais ser visto. 

Sua não vida

Rabbat considerou quase insuportável a adaptação a sua nova existência , mas por fim se habituou. Ela não tinha pensamentos de vingança contra os mongóis, mas havia vivido uma vida dura e aceitou o que acontecera. Rabbat não se alimentou pelo tempo que conseguiu suportar, até que entrou em frenesi e agarrou dois guardas. Depois disso, fugiu da cidade e foi para o oeste.
Conforme Ugedei completava a subjugação do império Ch´in, Rabat foi ainda mais para o oeste. Ela se fundia com o solo pouco antes do amanhecer e aprendeu a sobreviver nas florestas, evitando os garou, os vampiros orientais e os cruzados bizantinos que estavam trazendo a lepra de volta para a Europa.
Rabbat ficou em Constantinopla no século seguinte. Outros vampiros, assustados com sua aparência, a evitavam. Os nosferatu da cidade a descobriram, e depois de averiguarem quem era ela e quem era seu senhor, a colocaram sob proteção do clan. E assim Rabbat ficou, servindo ao clan, até que tanto Rabbat como alguns de seus pares foram convocados até Praga.
Em Praga, Rabbat conseguiu algum prestígio na Camarilla em função de aconselhamentos cruciais que salvaram a vida de um ancião malkaviano de forças da Inquisição. Rabbat recebeu uma oferta de recompensa, que humildemente recusou, ganhando respeito entre membros de seu clan e a admiração secreta dos malkavianos. Rabat avançou rapidamente entre os escalões dos nosferatu por causa de sua sagacidade, salvando membros do clan diversas vezes, deixando para traz os agentes da Inquisição.
A morte negra devastou a Europa com o peso da influência de Rabbat. Embora os vampiros fossem imunes, o sangue da população estava corrompido pela doença. Os vampiros começaram a entrar em conflito uns com os outros por meros mortais sadios conforme a doença devastava um terço da população da Inglaterra e mais de 75 milhões de pessoas por toda a Europa. Rabbat não se importou e se alimentou do sangue contaminado.
De Praga, Rabbat acabou indo para Veneza atentendo o chamado do dever, e se tornou a líder do clan na cidade. Durante este tempo, uma doença vampírica específica conhecida na ocasião apenas como A Calamidade, apareceu. Rabbat havia criado uma progênie que previamente tinha a doença, e com isso a praga entrou em mutação de forma a poder afetar vampiros. Sua progênie a transmitiu adiante até que dois primógenos entrassem em torpor em função da infestação. Rabbat é imune, mas a Peste Negra havia cruzado firmemente a barreira que a impedia de afetar os mortos vivos.
As últimas noites de Rabbat em Veneza se passaram numa fuga de uma caçada de sangue ordenada pela Camarilla com o apoio dos Giovani, os quais haviam traçado a origem da doença até as progênies de Rabbat e as destruíram. Rabbat fugiu, exilada de seu clan e da última sociedade que a poderia tolerar.

Seu propósito

Rabbat luta para simplesmente existir. Ele se tornou amargurada com sua existência e tentou suicídio diversas vezes, mas sempre fugindo da glória do sol. Outrora um membro respeitável de seu clan, Rabbat é agora um vetor que espalha doenças aonde quer que vá. Como é imune as doenças que carrega (híbridos de peste bubônica com lepra) a doença não porá um fim a seu sofrimmento.

Sua natureza

Rabbat está cansada de andar sem rumo. Ela fará quase qualquer coisa para evitar atenção, mas desesperadamente deseja aceitação. Outrora um orgulhoso membro de seu clan, faria agora qualquer coisa pela oportunidade de serví-lo novamente, mesmo da forma mais insignificante. Infelizmente ela traz torpor garantido para qualquer um que se aproxime o bastante para ser infectado. Ela desconta sua amargura em mortais e atua com monstruosidade extrema antes de se banquetear no sangue com adrenalina. Rabbat criou outras progênies, mas todos sempre entram em torpor depois de alguns dias como vampiros. Rabbat as vezes usa o nome Cloacina, uma referência a deusa romana dos esgotos.

Seu modus operandi

Rabbat viaja constantemente. Pelo fato de que sua mera presença possa chamar atenção de forças indesejadas, Rabbat se alimenta durante as viagens. Por temer seu próprio clan, dorme em lugares acima do solo, especialmente se não conseguir chegar a sua van em tempo. A van é especialmente modificada para protegê-la da luz do sol. Ela rouba a cada mês postos de gasolina, lojas de conveniência e outros estabelecimentos 24 horas, conseguindo assim dinheiro e gasolina.
Durante a caçada, Rabbat sempre escolhe pessoas que estejam sozinhas. Ela domina o alvo para que a siga até um lugar predeterminado. Lá, depois de aterrorizar a vítima por causa da crueldade que teve que suportar (e pela beleza vã da vítima), Rabbat o devora. Depois de se alimentar, Rabbat rouba a vítima e queima o corpo para não deixar traços de seus crimes.

Crimes e doenças

Pulgas que transmitiram a Peste Negra ainda vivem no corpo de Rabbat. Elas são essencialmente pequenos carniçais transformados pela vitae em seres vorazes. Elas são a razão pela qual Rabbat ainda carregue a praga, transmitida para ela por sua própria progênie. É o seu sangue que faz a doença se ativar a ponto de infectar vampiros. Não há forma simples de exterminar as pulgas, o sangue vampírico as tornou incrivelmente adaptáveis e resistentes ao ambiente e temperatura. Elas irão, como qualquer carniçal muito antigo, definhar, envelhecer e morrer se não tiverem acesso a sangue de vampiros.
A doença em si é uma combinação de lepra com peste bubônica. Em mortais se manifesta como a Peste Negra, mas de forma muito mais perigosa e matando muito mais rápido. Em vampiros afeta o sangue, aumentando efetivamente a geração da vítima ao mesmo tempo em que diminui os pontos de sangue, que se torna mais e mais dificil de ser reabastecido. O resultado é um torpor do qual a vítima não pode ser ressucitada. O corpo absorve o sangue reabastecido antes que possa ser usado. Em alguns casos a lepra se manifesta como uma enfermidade desfigurante, mas não chega a ser tão potente a ponto de destruir a vítima. O narrador deve se sentir livre para decidir quão rapidamente a doença age, e também deve considerar histórias que permitam a um personagem obter uma cura caso seja contaminado pela doença.
Rabbat é alvo de uma caçada de sangue que dura séculos, mas encontrar um fugitivo nosferatu é algo muito improvável para a maioria dos vampiros. Obviamente ninguém na camarila está com pressa de ir até o esgoto ou galerias subterrâneas para procurá-la. Sua última vítima, um Toreador ancião da carolina do sul, focou sua atenção na ameaça que ela representa. A Camarila está pronta para empregar força suficiente para sua destruição.
A seita também descobriu que o Centro de Controle de Doenças está seguindo o rastro de Rabbat. Eles descobriram um padrão de infecções casuais. Pessoas que visitam as lojas que Rabbat frequenta, lugares onde suas pulgas imortais se soltaram e foram deixadas para trás, indo buscar novos hospedeiros. Embora não sejam inteligentes, as pulgas são vorazes, altamente adaptáveis e capazes de pular distâncias enormes em função de seu estado alterado. Mesmo que estejam sob laço de sangue com Rabbat, algumas acabam ficando para trás.

Clan que a caça

O próprio clan de Rabbat ofereceu o trófeu por ela, embora este direito esteja quase expirando. Os nosferatu não levantaram um dedo para caçá-la . Em segredo discutem a possibilidade de Rabbat ser a maior arma do clan contra os antediluvianos e contra os Nictuku. Eles podem em pouco tempo arranjar para ela um refúgio que atenda suas necessidade e que a mantenha em segurança até que surja a necessidade de usá-la. Eles poderão então sobreviver no subsolo, enquanto a praga fica concentrada nos outros vampiros acima.
Os malkavianos estão pensando numa forma de curar Rabbat em troca de seus serviços prestados durante a Inquisição. Eles podem ser o único clan que convenientemente não esqueceu o que ela fez em seu benefício. O sabá não sabe da existência de Rabbat. Se a descobrirem, certamente se reunirão num esforço maciço para se certificarem de que foi destruída, pois são mais vulneráveis a doenças. Talvez vejam Rabbat como uma forma de obter uma vantagem em suas batalhas contra a camarilla. Mas recompensas podem facilmente exceder os custos.

Rabbat

Clan: Nosferatu
Pseudônimo: Cloacina, a deusa dos esgotos
Senhor: Sabanu, servo de Baba Yaga
Natureza: Bajuladora
Comportamento: Medrosa
Geração:
Idade aparente: 70 e muitos
Físicos: força 4 , destreza 5, vigor 5
Social: Carisma 2, manipulação 4, aparência 0
Mental: Percepção 5, inteligência 2, raciocínio 4
Virtudes: consciência 1, autocontrole 4, coragem 3
Talentos: prontidão 5, esquiva 4, empatia 3, investigar 5, manha 4
Habilidades: empatia com animais 4, disfarce 3, condução 3, mecânica 4, reparo 3, furtividade 4
Conhecimentos: geografia 3, história 3, conhecimento de membros 2, linguística 4, medicina 2, naturalismo 2, conhecimento dos esgotos 5
Disciplinas: Animalismo 5, Auspícios 1, rapidez 2, dominação 2, fortitude 6, ofuscação 5, potência 4 , metamorfose 2
Antecedentes: nenhum
Humanidade 4
Força de vontade 7

Imagem: rabbat é uma das criaturas mais feias vagando no mundo atualmente. Qualquer mortal que veja seu rosto deve fazer uma jogada de força de vontade (dif 7) ou ganhar uma perturbação. Ela se cobre usando muitas roupas, preferindo chapéus e mantas (mesmo no verão). Seus olhos são asssuatdores e de tom amarelo-alaranjado (rolagem de força de vontade dif 5 para olhá-la no rosto).
Citação: “Por favor não chegue mais perto. Eu vou deixá-lo doente”.
Dicas de Interpretação: Se curve e bajule se achar que isso te levará a algum lugar
Refúgio: Sua van
Influência: nenhuma
Rumores: A doença que você carrega é sempre fatal (V); você é fascinada pelo fogo (V); você causou muitos incêndios (F); O Centro de Controel de Doenças está seguindo seu rastro (V).

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