sábado, 5 de novembro de 2011

Continuação oficial da introdução de Vampiro: Idade das Trevas



Na boa, vale a pena dar uma relida no conto introdutório do livro básico de Vampiro: Idade das Trevas, aquele que a devir lançou, antes de ler este post.


Aquele que traz más notícias

     A clareira do Monge Sombrio era muito menos impressionante do que os camponeses faziam parecer. Se alguém fosse dar crédito às histórias contadas boca a boca nas pousadas locais acreditaria que o local é vigiado por gárgulas e que possui um fosso que leva direto pro inferno. Entretanto, quando visto de relance numa noite chuvosa, o lugar tinha algumas árvores altas e um poço, nada mais. Eu não vi cães do inferno nem demônios, nenhuma prova dos supostos grandes poderes do monge sombrio. Por outro lado, eu não esperava que ele possuísse algum poder. Eu sabia precisamente quais poderes das trevas este homem, o Frade Offa, estava lidando, e portanto estava preparado para perigos mais plausíveis.
     Este Offa tinha coragem. Ele havia assumido a tarefa de, por conta própria, salvar o cristianismo de mim e dos de minha espécie. Ele aprendeu tudo que conseguiu a nosso respeito, sacrificando sua própria fé no processo, e enviou estas informações para Roma, para que o próprio Papa tomasse conhecimento dos horrores que assombravam as noites da Europa. Um dos nossos servos (e quando digo “nossos” servos, me refiro obviamente aos servos do meu clã) felizmente interceptou a missiva fatal e a entregou em nossas mãos ao invés das do Papa, e assim a catástrofe foi evitada.
   Ainda assim, ele chegou muito perto de ter êxito, e portanto meu senhor estava decidido a tomar uma atitude sobre o assunto. Sendo assim, ele me incumbiu de fazer deste sacerdote problemático nosso servo, para que não mais trabalhasse contra nós. Desta forma eu permaneci em Londinium (Londres medieval) e viajei em pleno outono inglês. Depois eu equipei a bolsa de mensageiro, a qual dobraria o sacerdote a nossa vontade, ou a quebraria em pedaços. Entretanto, mais importante do que isso, conforme eu fazia meu caminho através da labiríntica floresta de espinhos próxima a Cheltenham no meio de uma tempestade fora de época, minha capa e minha paciência foram completamente destruídas. Só restava encontrar o sacerdote em seu casebre, longe de olhos intrometidos, e mostrá-lo as consequências de seus atos.
     Eu amarrei meu cavalo numa árvore umas duzentas jardas do casebre do sacerdote, com a esperança de que a cobertura de folhas o fornecesse alguma proteção da tempestade. Uma luz se fez presente saindo de trás de uma janela trancada, e fumaça subia de uma chaminé. Num dos lados da pequena casa, um jardim de ervas bem cuidado havia se transformado num enorme pântano por causa da chuva, e no limite do alcance da visão havia um pedra mal talhada tombada como se fosse uma lápide ou algo semelhante. Desejando adiar o inevitável, eu caminhei vagarosamente até meu destino. A luz da janela era fraca, mas eu ainda podia chegar até o tal casebre que não fazia jus as lendas. O casebre era exatamente como eu imaginava que seria, o que em nada serviu para me acalmar.
     Eu esperava, enquanto guiava meu cavalo pela trilha que peguei, que Offa estaria nos braços de hipnos quando eu chegasse. Desta forma, eu poderia surpreender, acordá-lo e lidar com ele nos meus termos, e sua mente estaria nublada e sonolenta, quaisquer artimanhas que ele tenha preparado contra intrusos estariam indisponíveis. Mas ele parecia estar bem acordado, o que significava que este duelo estaria em termos levemente mais equilibrados. Na verdade ele havia capturado e matado um de nossa espécie através de astúcia e não de força, mas qualquer mortal que mate um cainita sem ajuda merece meu respeito. E portanto eu tinha intenção de tratá-lo com todo o respeito que se deve mostrar a um inimigo: Eu não tinha intenção de sequer deixá-lo agir.
     Eu considerei esperar para ver se o bom frade iria dormir, mas rapidamente mudei de idéia. Procrastinar iria apenas me roubar preciosos minutos antes do amanhecer, minutos que poderiam ser necessários. Praguejando em silêncio, eu amaldiçoava o sacerdote por viver tão longe de qualquer lugar civilizado. Eu imaginava com tristeza se ele reconheceria a honra quando tudo estivesse dito e feito, e então eu caminhei com dificuldade pela lama até a sua porta.
     No momento que eu cheguei na porta, ele já a havia aberto. A luz vinda de trás fez sua imagem não ser nada além de uma silhueta negra.

“É uma noite inadequada para um homem ou uma fera” ele disse. “Eu estava esperando por você, entre aqui onde está seco”.

“Me esperando?”

     Eu me detive. Boukephos me ordenou que lidasse com este sacerdote pessoalmente, mas ele não me disse que informaria que eu estava a caminho. A ideia de que eu estava sendo esperado era desconcertante.
     O monge – pois estava vestido como um, e pelo fato de eu considerá-lo como tal – sorriu gentilmente e com melancolia.

“Você ou alguém como você. Eu abri algumas portas que não podem ser fechadas, e faz alguns poucos meses que estou esperando pelo braço que tentará me arrastar mais ainda para as trevas”

Ele se afastou da porta fazendo um gesto para que eu entrasse.

   Mesmo depois de tudo que este homem enfrentou, ainda parecia formidável. Sua fé pode ter enfraquecido, mas não sua força. A mão que fez o gesto para que eu entrasse tinha calos de um espadachim – e ele ainda se movia como um , nunca relaxando. Entretanto sua espada estava pendurada na parede, numa tábua manchada de sangue e parcialmente coberta com ervas e folhas secas.

Com um olhar desconfiado eu entrei e fechei a porta atrás de mim.


     Dois bancos rústicos de madeira tinham um brilho tênue por causa da luz do fogo, um ranger se fez presente quando eu me sentei no que estava mais longe do fogo. Sorrindo como alguém que tivesse acabado de se lembrar de uma piada, meu anfitrião sentou-se no outro. Sua calma era enervante.

“Então, bom senhor, o que o traz para Chaltenham numa noite como esta? Não se preocupe, você não é o único visitante que eu recebo”

“mesmo numa noite como esta?”

Ele concordou com a cabeça.

“sim, quanto mais o tempo for ruim, mais dos meus vizinhos espreitam-se até aqui para pedir poções de cura e feitiços de amor. Eles sustentam a ilusão de que me visitar durante a noite é garantia de que ninguém da vila perceberá tal ato. Obviamente, nenhum deles percebveu que todos os demais em Cheltenham tiveram a mesma ideia, e existe de fato uma patrulha romana em ronda em algumas noites. E quando os bons cidadãos avistam uns aos outros em flagrante no caminho de ida ou de volta de minha casa, ao invés de arcar com sua vergonha de recorrer as minhas artes de feitiçaria, eles põem a responsabilidade do encontro nos poderes malditos do feiticeiro das trevas que vive no casebre e amaldiçoam meu nome.”

Amargura surgiu em seu sorriso.

“eu imagino que eles tentarão me queimar vivo em breve; eu evitei dois deles que estavam por me envenenar, e este tipo de desapontamento fomenta vingança. Mas enquanto isso, se eles quiserem ervas ou poções, sabem como me encontrar”

     Na lareira, uma fagulha longa se avivou e subiu pela chaminé. Isto pareceu despertar meu anfitrião de seu discurso, e ele lançou sobre mim um olhar firme.

"Então, que negócios trazem você até aqui, sir vampyr? Com certeza você não cavalgou toda esta distância para ouvir histórias de um herbalista local com problemas com seus vizinhos camponeses ingratos"

"Na verdade eu estou aqui para bancar o mensageiro" Eu respondi enquanto pegava os papéis em minha bolsa,motivo pelo qual eu fui enviado para esta jornada maldita. " Creio que você deu um encaminhamento inadequado a estes papéis, e com prazer eu os devolvo"
     
Em silêncio ele pegou os papéis ecomeçou a folheá-los.

Depois de um longo minuto,o monge olhou para mim com desespero nos olhos. "Estas são minhas anotações", ele disse em voz baixa.

"Eu sei, e foi considerado apropriado que elas fossem devolvidas para você o mais rápido possível. Eu ficaria feliz em debater algumas dos enganos em suas descobertas caso você..."

"Meu deus! Estas são minhas anotações! Em nome de crissto e de todos os santos, como vc botou suas garras malditas nestes papéis? Seu demônio!"

Ele assim falou, seu rosto ficando vermelho de raiva conforme sacodia os papéis como se fossem uma arma.

"Eu não deveria ver estes papéis novamente nunca mais! Eles deveriam ter sido entregues para o Papa, para que a igreja soubesse sobre os de sua raça. Estes papéis foram para um sacerdote em Roma!"

"Sim, eles foram" Eu disse calmamente.

Levou um tempo para o Frade compreender as implicações de minhas palavras. Toda a cor sumiu de seu rosto e ele desabou no banco como um boneco sem vida. "Você está mentindo!" Ele retrucou.
 Foi a pior coisa qu e eu poderias ter feito. Quando a noção de seu martírio é tudo que um homem possui como valor próprio no qual se apoiar, é frequente que aconteçam desgraças com aqueles que revelam aos pretensos santos que seu sacrifício foi em vão. A cabeça de Offase ergueu, e havia ódio em seus olhos. " Você mente! maldito! você mente!"

Eu meramente dei de ombros.

Saliva saía de seus lábios enquanto ele berrava para mim. "Você mente!! Criatura do diabo!!" 

"Estas cartas eram pra ter sido entregues a um sacerdote. Você enganou o mensageiro, ou o matou? Vc furtou estes papéis com magia negra? Você subornou os servos de Bernadini, ou meramente tomou estas cartas a força? Responda maldito!"

Ele estava tremendo de raiva, as veias pulsavam em seu pescoço e suas mãos cerravam-se com grande força.

"Responda ou por deus eu farei com você como fiz com Harald!"

Olhando para ele eu tive pena. Ali estava um homem solitário em meio a um lugar desolado tomando para si um embate contra poderes tanto sobrenaturais como antigos, cujo mais ínfima capacidasde seria esmagá-lo com um mero pensamento. Mesmo assim ele fez expreimentos com tais poderes, e ousou lançar-se contra toda a sociedade cainita.. Era de fato um homem de valor, um que tinha a força de vontade e coragem para ser um servo valioso.

Ou se meus esforços falhassem esta noite , o mais perigoso dos inimigos.

Uma distância de um metro nos separava. "Quieto". Eu disse gentilmente. "Você deseja saber como eu obtive estes papéis; muito bem, eu vou contar. Bernardini nos pertence há 3 anos. Meu mestre tem muita estima por ele. Ele nos foi recomendadopor um certo arcebispo cujo nome lhe deve ser familiar, e que também nos pertence há muito tempo. Devo eu citar os nomes daqueles que nos prestam reverência para que vc veja quantos é capaz de reconhecer?

A Arrogância sumiu de seu semblante. "Não. Bernardini não. Nós lutamos juntos contra os sarracenos. Não.. não" Sua voz sumia, mas eu conseguia adivinhar seus pensamentos.

"Não, o PaPa não - apenas alguns que o servem. Isto faz vc se sentir melhor?

Eu comecei a me sentir zangado.

Ele olhou para mim.seus olhos cheios de lágrimas. "Você é cruel, mais cruel do que Aelfred".

Mas sou mais honesto, o que faz de mim um pecador menor do que ele era. Digam-e bom Frade vc lhe deu a extrema-unção antes que ele morresse? Ou sua última confissão não foi suficientemente arrependida?

Ele deu as costas para mim. Os papéis escorregaram de seus dedos e caíram na lajota proxima a lareira.

NenhUUMMA ABSOLVIÇÃO É garantida. Mesmo que eu aassaim  desejasse, não poderia garantir.

Sem me dar conta eu sorri;partede mim ficou feliz deque o Frade não percebeu "Então que seus pecados recaiam sobre ele,frade. Ele não mais o incomodará."

"Então ele está morto? Eu cheguei a pensar nisso; havia outra figura se movendo pela floresta há algumas semanas, e todos os animais agiram de forma estranha."

"Este era o meu lorde e mestre, e ele achou seu relatos sobre a maldição de Caim fascinantes. Foi ele que me ordenou que devolvesse seus papéis, e que eu o fizesse pessoalmente."

"Estes papéis? " Ele chutou a pilha de papéis; alguns caíram no fogo e começaram a queimar. O gosto da fumaça preencheu minha boca, misturado com o da lenha. "Agora são inúteis. Não, o que o seu mestre queria é que eu soubesse como meus esforços foram inúteis. teria sido mais bondoso simplesmente nunca ter me deixado saber que o que eu fiz fora em vão."

Eu concordei com a cabeça "Sim, teria sido de fato".

Ele se virou para mim, se levantando do banco. "Bondade não é algo que criaturas como você conheçam, não é? Não, eu acho que não."

Ele começou a medir as distâncias internas do casebre, passando por cadeiras desengonçadas e outras peças de mobília.

"Mas você ainda não respondeu minha pergunta. Por que voce está aqui? Esta.. humilhação poderia ter sido feita por um servo menor. Por que você veio, filho de Satã?"

Havia zombaria na última pergunta, mas não a intenção de ofender. Ele havia perdido, e sabia que havia perdido, e tudo que lhe restava era seu orgulho. Eu o havia dito que os homens que considerava mais sagrados do que ele, há muito estavam nos servindo; em tais circunstâncias, seu insulto
não tinha força.

"deus é minha testemunha, Frade, eu estou aqui para o seu bem - e eu prefiro meu nome cristão a "Filho de Satã", se me chamar pelo nome não lhe incomodar excessivamente"


Ele ficou impressionado. "nome cristão? deus como sua testemunha? Bom, se Bernardini pode estar a serviço de um monstro, então suponho que o monstro em si possa falar de deus despreocupadamente. Então diga-me, cristão, como eu devo chamá-lo? Barrabás talvez, ou vc prefere um nome mais sagrado?

"Geoffrey é o suficiente"

"Geoffrey como o último príncipe? Fascinante. Ele é considerado um general  do que Richard"

Eu concordei com a cabeça. "Eu estou ciente disso" Ele sorriu e retornou a medir seus passos

"Então geoffrey, o que você pode fazer por mim? Sua Raça tirou de mim a minha fé, meu nome e minha esperança. O que vc deseja roubar? As ervas estão na mesa, não há mais nada aqui de valor" . ele olhou para cima "Ah, eu esqueci minha espada. Ela matou um dos seus servos e um dos de sua raça, isso deve fazer com que tenha valor para vc. Devo enrolá-la num pano para proteggê-la do mau tempo?"

"Chega!" Ele parou seu murmúrios e congelou como uma lebre diante de uma serpente. Eu cruzei o cômodo até ele, o levantei pela garganta - ele nem se moveu.

"Chega. Eu viajei mais de 100 milhas para ver o Frade que meu senhor considerou tão valioso, e quem eu encontro? um camponêds de segundo nível com autopiedade cuja maior tristeza é ser queimado vivo ao invés de crucificado. Ouça, pequeno monge. Eu vim de muito longe para preparar você, e o farei mesmo que eu precise esvaziar cada pensamento de sua cabeça e encher seu crânio com tanto medo que você irá implorar minha permissão até para mijar! Estamos entendidos?"

Eu o soltei e deixei cair. Eu abaixei-me e aproximei minha face da do frade.

"Entenda uma coisa voc~e é uma espada, para ser usada como desejarmos. Desde a primeira palavra que vc disse a Aelfred, uma ferramenta é tudo que vc tem sido, e nada mais. E agora que Aelfred está morto, nós queremos usar você, já que de fato tem o potencial para ser uma boa ferramenta. Nós avaliamos a têmpera do seu aço, e consideramos bom - e portanto usaremos você, pois não se joga uma espada fora enquanto a Lãmina ainda tem corte."
"Você deixará este lugar e retornará ao monastério do qual saiu. Você encontrará o abade Daffyd um tanto mais amigável do que era com vc antes de ter saído, e vc se unirá a ele na adoração secreta. Vc beberá de seu cálice e comunhará com os da mesma ordem, assim estará reconciliado com seu querido Bernardini, que faz todas estas mesmas coisas em Rooma. Quanto a Daffyd, sua utilidade para nós está chegando ao fim, e quando ele morrer, precisaremos de um sucessor. Nos sirva bem e este sucessor será você."

Eu estava contando muito mais que o necessário, mas finalmente parecia assustado o bastante para realmente dar importãncia ao que ouvia. Ele havia se provado inteligente no passado; sem dúvidas ele mesmo acabaria desvendando tudo o que eu havia dito.

"Eu não servirei" Sua voz era como um sussurro, entao ele repetiu para ter certeza que eu havia escutado. "Eu não servirei você"

"Ah , servirá. O que mais vc pode fazer? Ficar aqui até que venham te buscar com tochas?"

"Se for preciso. Eu não servirei."

"Escute seu tolo..."

Batidas na porta ecoaram. Instintivamente ficamos em silêncio. Do lado de fora surgiu uma voz.

"Frade Offa? Frade?"

Eu olhei para o frade. "Você reconhece a voz?"

Ele concordou com a cabeça."Eadmund, o filho de um nobre e um dos meus patronos. Bom de coração, mas ingênuo."

"você quer que ele veja o amanhecer?"

Assustado, ele tentou se levantar mas eu o detive apenas com a força de uma mão. "Como assim?"

"Se você abrir aquela porta ou gritar , eu abrirei a garganta de Eadmund e deixarei o corpo na porta da igreja mais próxima com o seu nome escrito com sangue em sua testa"

"Você nao ousaria!"

"Frade? Você precisa me deixar entrar, é muito importante!"

"Eu ousei sair da cova, Offa. Mande-o ir embora, e em seguida saia deste lugar."

"Mas se é tão importante..."

"Não tao importante quanto sua vida"

"Frade, eles estão vindo pegar vc pela manhã! Você tem q sair daqui! Wiliam e os outros virão ao amanhecer. Eles estão falando de bruxaria!"

"E eu estarei aqui quando eles chegarem!" Isto, meu pequeno Offa disse em voz alta, alta o bastante para ser ouvido do lado de fora.

"Wiliam vem com frequencia em minha porta Eadmund, eu não tenho nada a temer dele."

Eu olhei para o frade com surpresa. "O sangue dele está sbre você , pastor". Eu assim disse e fui para a porta. Na verdade o que Offa disse não teve relevância, apenas me deu uma idéia.

"Mas Frade..." O pobre Eadmund bradou, e quando eu abri a orta,ele ficou boquiaberto por um momento e depois levou a mão a sua faca. Eu o alcancei e cortei seu pescoço, e então deixei o corpo na porta.

"uma ferramenta" Eu disse e peguei uma das facas de Offa que estavam na mesa. Offa alcançou sua espada, mas assim como seu visitante, era tarde demais. Eu o peguei um instante antes dele agarrar a espada.

"Idiota, vc ainda não entendeu. Sua servidão não está sendo pedida, está sendo ordenada".Eu o arrastei até a fogueira onde alguns dos papéis ainda queimavam. Ele lutou mas eu fortaleci-me com o sangue a ponto dele não me preocupar mais do que uma criança preocupa seu pai.

"Hoje, o casebre do monge negro pegará fogo, e ele deswcerá ao inferno - ou a Eboracum." Ignorando seus gritos eu coloquei um fardo de palha no fogo e com ele comecei a queimar a casa. As chamas se espalharam rapidamente e se elevaram aos céus e colocando Offa atrás de mim.

No solado da porta, Eadmund estava morrendo. Como numa idéia tardia, eu cravei uma adaga em seu peito fazendo mais sangue escorrer. Satisfeito, eu subi no meu cavalo e fikei admirando meu trabalho.

"Os camponeses virão.Eles encontrarão um nobre sacrificado em sua prta e seu refúgio maligno de feitiçaria em chamas . Naturalmente chegarão a conclusões erradas. Este lugar... na verdade toda a parte sul da Inglaterra não é mais segura para você"

"Eu me renderei a misericórdia deles"

"Eles não tem nenhuma. Voc~e está indo apenas parea uma moprte de mártir, nada mais. Mas um mártir precisa morrer por algo, Offa, e você não fez nada, absolutamente nada."

Atrás de nós o teto do casebre começou a aqueimar.A chuva diminuiu o ritmo do fogo, mas não muito. Novamente ele tentou escapar, desta vez parecendom que ia se jogar no fogo, mas toda sua força de vontade havia sumido, seus esforços eram pálidos.

"Pegue meu cavalo e vá para o monastériode Eboracum. Você encontarrá nas bolsas laterais dinheiro suficiente para empreender a jornada e conseguir aceitação. Agora vá por conta própria ou eu irei implantar em você uma compulsão em me obedecer."

Lentamente, hesitantemente  ele soltou o cavalo e subiu.O cavalo estranhou um passageiro vivo , mas se adaptou bem. O frade olhou para mim com olhos cheios de ódio,e em seguida rumou para o norte, para eboracum.

"E por que vc não implantou a compulsão em obedecer?" veio uma voz atrás de mim. Sem me virar eu já sabia quem era.

"Se eu tivesse meramente compelido sua vontade sem antes quebrá-la, ele se rebelaria quando o efeito da  compulsão acabasse. requer mais esforço a princípio, mas ele nunca mais questionará nossas ordens. Eu o mostrei o seu lugar, e as consequências ao sair dele. Agora o Frade Offa fará a nossa vontade de hoje em diante"

Meu senhor emergeu das sombras com uma fraca expressão de aprovação em seu rosto. Ele estava vestido como um Aragones, mas eu sabia que ele era grego, nascido no tempo dos poetas . Eleparecia se mover entre as gotas de chuva, e eu invejava nele esta graça animal.

'E quanto ao dinheiro e o cavalo?"

"Tudo que ele tem agora vem de mim, e ele sabe disso. Isto o coloca em débito comigo, o que ele também sabe. pelas tradições antigas ele me deve, e ele não negará esta tradição. Ee é muito honrado para roubar o que eu o dei, certamente estará em Eboracum em alguns dias. Ele pode me odiar o que eu fiz, mas vc viu que não recusou a oferta."

"Ainda assim , dar seu cavalo quando o amanhecer está tão perto,e Londinium a tantas léguas de distância..."

"Me pareceu certo que você estaria observando, e assumi que traria  um cavalo extra só por precaução. Espero não ter sido um desapontamento."

Ele apenas sorriu e se curvou tendo as chamas por silhueta, num ato de cortesia exagerada.

"Claro que não, Sir geoffrey. Devo acompanhá-lo?"

"Acredito não ser necessário, meu senhor. Mas o caminho para Londinium é longo"

"Realmente"

Então nós fizemos o caminho até Londinium juntos. Eu olhei para trás uma vez, mas a noite e as árvores escondiam os sinais do fogo. Tudo que eu vi eram trevas.

Boukephos, obviamente, achou aquilo agradável.

Traduzido por Acodesh
do Livro Dark Tyrants, págs 31 a 36

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns Muito Bom !

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