domingo, 2 de junho de 2013

As Irmãs Famintas




Sinistro, não?
Traduzido por Acodesh
Mexico by Night págs 69 a 71

As Irmãs Famintas

Antecedentes: O repentino desaparecimento dos Tremere Antitribu no final dos anos 90 dificilmente foi um abandono. Embora a casa Goratrix pareça ter sido engolida por algum ajuste de contas, deixou para trás incontáveis experimentos e obras taumatúrgicas. Muitos destes resultaram em fracasso, mas uns poucos não foram checados. As irmãs famintas é um destes experimentos.
A tropa de choque pseudo-cainita conhecida como Irmãos de Sangue são o produto dos experimentos dos Tremere Antitribu no Velho Mundo, realizados em cooperação com uns poucos Feiticeiros Tzimisce especialmente perturbados. Para a maioria dos membros do Sabá, estes “Frankensteins” são pouco mais do que uma ferramenta eventualmente útil. Eles são bons em minar a estabilidade numa cidade alvo de cruzada ou para impor o domínio do arcebispo se assim for preciso.
Alguns poucos seguidores de Goratrix, entretanto, desejaram melhorar o design. Um destes antitribu, Elena Mendoza Vasquez, criou um único Irmão de Sangue capaz de se reproduzir. Vasquez desenvolveu esta variação do abraço a partir das pesquisas Tremere sobre alterações na potência do sangue. Nesta variação de Abraço, esta Frankenstein (uma fêmea) se engaja numa alimentação mútua com sua vítima, permitindo que o sangue flua de um indivíduo para o outro numa circulação perversa. Tanto senhor como cria ficam imobilizados conforme sua reserva de sangue em comum se mistura e se destila até a chegar na concentração da vitae vampírica. No período de 3 a 10 noites depois disso, se tudo ocorrer bem, a alimentação termina e senhor e cria se levantam. Este Abraço artificial transforma completamente a cria, remoldando-a numa duplicata física de seu senhor e apagando a maioria de suas memórias para melhor integrá-la na mente coletiva da irmandade. Capacidades inatas e aprendidas mudam, assim a única coisa que realmente distingue a cria é sua geração mais elevada.
Este processo não é um sucesso universal. O trabalho de Elena ainda estava em progresso quando ela desapareceu e apenas 10% de tais abraços resultam num membro da irmandade viável e adequadamente integrado. A maioria das vítimas simplesmente nunca se levanta da morte, enquanto uma minoria desperta num estado de frenesi do qual nunca se recuperam. Mesmo quando o Abraço transformador é bem sucedido, há um preço caro a ser pago, pois tanto senhor como cria despertam famintos. Eles não apenas despertam com apenas um traço de vitae destilada em seus sistemas, mas também seus metabolismos estão tão acelerados que queimam sangue num ritmo fenomenal. Não é incomum Frankensteins recém despertos consumirem o sangue de uma dúzia de mortais antes de se sentirem saciadas. Elas adquiriram a alcunha de “famintas” com facilidade – principalmente pelo fato de que este abraço alterado lhes provoca grande êxtase e lhes faz ansiar por mais abraços.
Elena Vasquez nunca pretendeu deixar as 3 “irmãs” que criou soltas no México. De acordo com as anotações que deixou em sua capela, ela estava trabalhando num ritual taumatúrgico com o qual poderia dar e remover a habilidade de abraçar para outros irmãos de sangue, presumivelmente como uma forma de deixá-los fiéis a ela como um tipo de “mãe colméia”. Ela morreu junto com os outros antitribu antes que suas pesquisas pudessem ter mais avanços, e seus 3 protótipos permaneceram em torpor em sua capela subterrânea até Novembro de 2000, quando o koldun Esteban Del Agua e Tierra e a precursora do ódio conhecida como La Viuda Blanca invadiram para fazer exumações nos experimentos de Vasquez. Eles libertaram uma das Frankesteins no processo, que escapou para uma das favelas da periferia leste, onde se escondeu.
Em seus 2 anos de liberdade, a fugitiva procriou e procriou. Comunidades pobres inteiras foram assassinadas para saciar a sede de uma, depois duas, depois 10 e agora 20 Irmãs Famintas. Elas só possuem esboços das memórias das noites de antes de terem escapado da capela, contudo as Irmãs estabeleceram um pequeno domínio de terror entre a população pobre da cidade. Eles não sabem exatamente o que as irmãs são – as teorias incluem fantasmas que buscam vingança e santos vindo executar punição divina – mas agora um pequeno grupo de homens serve como seus olhos e ouvidos durante o dia e escolhem vítimas para alimentar a Irmandade. Eles são recompensados com goles do sangue de suas senhoras, que lhes dá força e uma pista da fome insaciável das Irmãs.
A irmandade inteira das Irmãs Famintas habita o porão de uma hacienda em desuso que viu as favelas cresceram ao seu redor. A maior parte da construção acima do solo não existe mais pois foi destruída num terremoto em 1985, mas o grande porão está repleto de irmãs Famintas e de ossos de suas vítimas. As irmãs não estão a par de nenhum grande segredo que vá além de suas próprias existências. A irmandade, que compartilha tanto sangue como pensamentos, está ciente de que sua fome está ficando ainda mais intensa. A cada reprodução, sua necessidade de consumir e queimar sangue aumenta. Em breve a favela não será suficiente para saciá-las.
As irmãs mantêm um grupo de aproximadamente 12 carniçais, que as auxiliam a manter boa parte da favela paralisada de medo. O que não sabem é que estão sendo observadas por Esteban Del Agua e Tierra e outros membros sabá locais. O jovem koldun espera aprender os segredos de criar mais irmãs como uma arma tanto contra a camarila como contra seus próprios rivais. Ele está ciente de que elas estão no limite de Wassail, mas não sabe o que fazer quanto a isso. Enquanto isso, o Bispo Natalio as vê como uma ameaça a seu rebanho nas favelas e prepara uma ofensiva para dizimar as criaturas
Imagem: Todas as Irmãs famintas são idênticas, tal como muitos dos Irmãos de sangue tradicionais. Entretanto elas não adotam o estilo skinhead usado por muitos Frankesteins. Ao contrário disso, as irmãs possuem longos cabelos negros luxuosos e possuem pele negra; é provável que a primeira Irmã faminta tenha sido mestiça em vida. Na maior parte do tempo as Irmãs são muito bonitas, seja brilhando com vitalidade quando saciadas, ou com uma beleza predatória ao caçar. Entretanto, quando sua fome permanece insaciada por mais do que algumas poucas horas, as irmãs se assemelham a bestas horrendas, abandonando toda a sua Humanidade, manifestando longas presas e se entregando a uma fúria animalesca.
Dicas de Interpretação: Você acorda esfomeada todas as noites e a fome nunca vai embora. Somente a alimentação orgásmica depois de ter criado outra Irmã é capaz de lhe saciar, e mesmo este contentamento é fugaz. Você tem vagas memórias de uma existência anterior, de torturas numa espécie de laboratório, de outros que se alimentavam dos vivos – mas é muito difícil manter o foco nestas memórias. Estas questões são apenas sombras diante do calor da fome.

Irmãos de Sangue
Senhor: nenhum (abraço artificial)
Natureza: monstro
Comportamento: Monstro
Geração: Varia (a primeira irmã era de 10ª geração, a mais jovem é de 14ª)
Abraço: 1997
Idade aparente: 20 e poucos anos
Físicos: Força 3, Destreza 4, Vigor 3
Social: Carisma 1, Manipulação 3, Aparência 4
Mental: Percepção 3, Inteligência 1, Raciocínio 2
Talentos: Prontidão 2, Esportes 2, Briga 3, Esquiva 3, intimidação 4, Manha 1
Habilidades: Furtividade 3, Sobrevivência 3
Conhecimentos: Nenhum
Disciplina: Potência 1, Sanguinus 3
Antecedentes: Rebanho 4, Lacaios 5
Virtudes: Consciência 1, Autocontrole 2, Coragem 5
Moralidade: Humanidade2
Força de Vontade 5

Obs.:  Acho que esse post merece também o marcador de "curiosidades" não?

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