By Acodesh
Ângelo
o irmão de sangue
Sua
vida
Quando
em 1966 as disputas devastaram Los Angeles no despertar do cerco
sabá na cidade, os membros de um grupo nômade sabá testemunharam
uma cena de destruição e ira que os impressionou.
Uma
gangue mortal corria pelas ruas queimando construções e mais
construções. O líder da gangue, um jovem chamado Ângelo
acompanhava, sob efeito de uma mistura de drogas incluindo pcp,
cocaína e metanfetaminas junto com outros mortais também drogados.
Esta
seria a noite em que Ângelo morreria, a noite em que seria liberto
da memória que o assombrava...a morte de seu irmão mais novo pelas
mãos de uma gangue rival. Era seu 18o aniversário e ele comemorou
tomando e injetando todas as drogas que sua gangue pudesse conseguir.
Em comemoração de seu suicídio iminente, ele liderou um ataque
pessoal contra a cidade. Ângelo urrou em meio a conflagração
conforme suas veias estavam repletas de uma mistura que poderia
incapacitar uma dúzia de homens. Seu coração batia tão rápido
que Ângelo mal conseguia respirar
O
grupo sabá imediatamente deu início a dança de fogo, pulando sobre
as chamas e gargalhando com júbilo selvagem. Enquanto os outros
membros da gangue de Ângelo fugiam em terror, ele próprio de forma
maníaca se juntou ao ritual. Os vampiros começaram a brincar de
aterrorizar o rapaz urrando ferozmente com suas presas brilhantes.
Ângelo riu e afundou suas mãos no carvão levantando diversas
fagulhas sobre os vampiros. Eles urravam em sombria apreciação
Os
vampiros chegaram a decisão unânime de que Ângelo deveria ser
abraçado mesmo que aparentasse ser mais louco do que achassem
tolerável. Eles levaram o rapaz até um cemitério próximo,
rasgaram suas roupas e o fizeram dançar nu enquanto lambiam seu
sangue que escorria de ferimentos causados por garras.
Ângelo
dificilmente sentiu a dor, mas breves momentos de lucidez o
permitiram perceber o alarme que crescia em seu subconsciente. Sua
dança se transformou numa luta. Sua isolação de amigos e família
agora o chocavam enquanto os vampiros o arrastavam para o túmulo.
Preso pelos vampiros, ele chorou horrorizado.
Os
vampiros sugaram seu sangue lentamente. A miríade de drogas que
Ângelo havia consumido começou a fazer efeito nas veias e cérebros
dos Panders. Eles começaram a trombar uns com os outros, abrindo
ferimentos em si mesmos, jogando seu sangue na boca de Ângelo com
uma alegria libertina. Alguns deles escreveram seus nomes em seu
corpo usando sangue. Alguns gargalhavam e caíam no túmulo que
haviam cavado para sua vítima, sendo enterrados pelo resto do grupo
. Eles se tornavam mais e mais selvagens conforme Ângelo renascia
A
medida que a orgia de sangue culminava, a cabeça de Ângelo começou
a clarear. O poder inundava seu ser. Ele olhava para o sabá com nojo
e medo. Os vampiros ficaram perdidos numa rapsódia de substâncias
químicas. Ele escalou a pedra e emergiu do chão. Mesmo com os
vampiros trombando nele, Ângelo desapareceu indo para a anonimidade
das ruas cobertas por fumaça.
Sua
não vida
Ângelo
escapou do grupo sabá. Os Panders ainda estavam sob efeito de uma
quantidade de drogas suficiente para derrubar uma dúzia de homens,
por isso pereceram no nascer do sol daquela manhã.
Enfraquecido
e sem sangue, Ângelo se refugiou num antigo armazém. Ele não
sabia, mas o lugar era um ponto de encontro para um grupo de
carniçais sabá que caçavam caitiffs, os quais seus mestres haviam
exigido para serem usados num experimento taumatúrgico. Ângelo
estava sonhando com seu irmão caindo atingido por balas, quando os
carniçais o incapacitaram com uma estaca de madeira . Silenciosos
como sombras, os carniçais o carregaram para o refúgio de seus
mestres.
A
espera do caitiff estacado estavam Tzimisces e Tremeres antitribu
que acreditavam ter melhorado as técnicas de criação de Irmãos de
Sangue, uma linhagem criada na Europa. Ângelo foi submetido a seus
novos procedimentos, incapaz de se mover quando a estava fora
brutalmente removida de seu coração.
A
despeito de sua paralisia, Ângelo sentiu toda a agonia do
modelamento de carne e sentiu o terror dos outros . Seus futuros
irmãos gritavam dentro da prisão de carne. Ângelo parecia ouvir
seus pensamentos. Sua cabeça foi erguida por mãos ancestrais de um
vampiro, e sentiu seu sangue descer por sua garganta na tentativa do
Tremere de submetê-lo ao laço de sangue.
As
drogas que Ângelo havia tomado ainda agiam em seu cérebro e
pregavam peças em sua mente. Ângelo sonhou novamente com seu irmão
quando os gritos das outras cobaias ecoavam em sua mente embaralhada.
Com sua mente Ângelo tentou alcançá-los e protegê-los, mas se
sentia como um prisioneiro num corpo de fogo.
Ângelo
curiosamente emergiu do ritual de forma refinada, fisicamente
perfeito de qualquer modo concebível. A absoluta perfeição de sua
aparência surpreendeu seus captores, ainda que a feiúra repulsiva
de seus irmãos os chocassem. Observando Ângelo com auspícios, os
Tzimisces perceberam luzes vermelhas gêmeas em sua aura. Algumas
vezes sua aura se transformava numa grande besta disforme cujos olhos
eram duas fagulhas carmesim. Ainda mais estranho é que estas
fagulhas pareciam observar os feiticeiros conforme estes se moviam ao
redor do rapaz.
Em
pouco tempo sua força e outras capacidades físicas começaram a se
manifestar. Além de sua beleza chocante, considerada como uma
qualidade magnética por seus captores, sua agilidade e resistência
eram excelentes.
Seus
sentidos já aguçados aumentaram ainda mais, permitindo que Ângelo
pudesse antecipar golpes antes que estes o atingissem. Os Tzimisce
testaram sua resistência até o limite, negando fornecimento de
sangue até que ele superasse os obstáculos que lhe impunham.
Os
grotescos irmãos eram inumeráveis. Embora fortes, não respondiam
aos comandos de seus mestres. Repetidas tentativas de ensiná-los a
disciplina Sanguinis se mostraram frustrantes. Apenas na presença de
Ângelo pareciam se animar, algumas vezes choramingando agitados.
Para os feiticeiros, os irmãos pareciam perturbados com Ângelo ao
invés de estarem sob laço de sangue com ele.
A
despeito do sucesso com o rapaz, acabaram chegando a conclusão de
que falharam com os demais. Um debate surgiu a respeito da vontade de
destruir os Irmãos de Sangue, e ficou decidido que um novo grupo
deveria ser formado para procedimentos adicionais. O debate foi
motivado pela crise da falha do sabá em conquistar Los Angeles, os
experimentadores se preparavam para voar para o México.
As
mudanças no rapaz intrigavam a alguns, e estes convenceram os demais
a trazer Ângelo consigo, mesmo que os outros irmãos viessem a ser
exterminados. Se pudessem determinar as circunstâncias que tornavam
Ângelo tão mortífero, talvez conseguissem reproduzí-las em
outros. O grupo decidiu encarcerar os outros em frigoríficos vazios
de modo a estudá-los depois.
Uma
mudança profunda aconteceu com Ângelo depois de ser separado de
seus irmãos. Ele se retraiu num silêncio ressentido, e as orbes
vermelhas em sua aura pareciam olhar fixamente para seus captores.
Eles continuaram a testá-lo mesmo sentindo em si mesmos um crescente
desconforto. Suas habilidades aumentaram muito, assim como sua sede.
Os captores ficaram impressionados com a quantidade de sangue que
Ângelo consumia, e assumiram que de alguma forma ele sentia a
inanição dos outros irmãos de sangue. Os feiticeiros já haviam
visto o suficiente para ficarem realmente horrorizados, especialmente
quando Ângelo tentou enganar a um deles de modo que soltasse os
outros Irmãos de Sangue. Eles decidiram destruir o rapaz junto com
as abominações dentro dos frigoríficos.
Quando
tentaram dominá-lo, Ângelo entrou em frenesi. Para seu horror os
feiticeiros viram as fagulhas em sua aura brilharem com uma
inteligência sombria. Ângelo matou um deles e fugiu para o
laboratório. Os Tzimisce, em estado de tensão, seguiram a trilha de
objetos caídos e portas arrombadas até chegarem aos frigoríficos
onde estavam preparados para confrontar Ângelo usando suas
disciplinas. Os frigoríficos estavam vazios e Ângelo não estava em
lugar nenhum. Uma busca posterior na casa revelou que a porta dos
fundos estava arrombada, embora nenhum rastro tenha sido encontrado.
Os
captores rapidamente telefonaram para seus carniçais e os
despacharam para que encontrassem os Irmãos de Sangue, prometendo
punições terríveis em caso de falha. Enquanto os Tzimisces se
recuperaram e falavam sobre a perda de seu experimento, o experimento
caiu do teto em cima de suas cabeças. Ângelo não havia deixado a
casa.
Ângelo
havia se fundido com seus irmãos formando uma enorme e odiosa besta.
Besta que estava em frenesi tacava com grande velocidade. Alguns
membros do sabá conseguiram criar fogo contra a besta, queimando-a
terrivelmente, mas isso não os salvou. A besta projetava para fora
de sua massa os Irmãos de Sangue que iam sendo incinerados, deixando
por fim apenas Ângelo em frenesi. Os Irmãos de Sangue serviram de
escudo para protegê-lo. Em fúria demoníaca Ângelo matou o último
de seus atormentadores e escapou da casa em chamas com sangue sabá
em suas mãos
O
mistério perdurou até que a Mão Negra investigou e interrogou
grupos sabá que se sabia terem estado na vizinhança da casa. Eles
inevitavelmente chegaram aos carnicais. Depois de uma tortura
excepcionalmente criativa, a Mão Negra descobriu a existência de
Ângelo e despachou bandos para encontrá-lo. Eles sabiam muito pouco
sobre o plano dos Tzimisces e dos Tremere a respeito da criação de
um novo tipo de Irmãos de Sangue.
O
verdadeiro segredo da metamorfose de Ângelo foi incinerado com a
casa e seus captores. No momento, o sabá ainda busca se assegurar do
que ocorreu de fato na casa. A ausência de feiticeiros Tzimisce é o
suficiente para convencê-los de que era um experimento de grande
sigilo. Eles não sabem qual é a participação de Ângelo no
ocorrido, mas sabem que de alguma forma ele está envolvido.
Ângelo
é o ápice das magias do sangue e da carne, embora a mistura de
drogas fluindo em suas veias durante o abraço o tenham transformado
num irmão de sangue atípico. Ele é um sobrevivente com instintos
sobrenaturais, indisciplinado a despeito das habilidades sutis que
possui, entretanto sempre em aprendizado. Ele se adapta rapidamente a
qualquer situação perigosa, mas fica confuso quando confrontado com
bondade ou outras emoções gentis. Ângelo sente um pouco de remorso
quando descansa por muito tempo. A força que o motiva é a vingança
de seus irmãos, tanto mortais como membros.
Por
este motivo ele irá poupar qualquer um que o lembre seus irmãos.
Algumas vezes isso pode significar um vampiro com rosto de bebê, ou
mesmo um Nosferatu e Samedi que visualmente represente um Irmão de
Sangue. Ele atacará qualquer um que ameace aqueles que lembram seus
irmãos.
Ângelo
possui a habilidade de controlar seu frenesi, o que o permite ignorar
todas as penalidades de ferimentos até o nível incapacitado. Tão
logo a cena terminar ele irá sair do frenesi se tiver os recursos
(como sangue inimigo) para se curar. Se não, permanecerá em frenesi
até que possa se curar. Entretanto Ângelo não consegue se lembrar
dos momentos em que fica em frenesi, embora alguns lapsos sombrios
preencham sua memória.
Ângelo
é fascinado com o fogo. Parece ser uma constante em sua existência.
Ele se engaja em suas próprias danças ritualísticas quando tem
certeza de não estar sendo observado.
Seu
modus operandi
Ângelo
reteve seu conhecimento de rua e suas habilidades de sua vida mortal,
incluindo grande habilidade com armas de fogo. Ele pode utilizar
praticamente qualquer arma em que ponha as mãos.
Recentemente
Ângelo começou a criar progênie de qualquer um que pareça seu
irmão mortal. Estas crias sempre entram em frenesi e o atacam, então
ele se vê forçado a destruí-las. Isto está adicionando novas
facetas a sua já fraturada sanidade. Uma falsa culpa a respeito do
assassinato de seu irmão está se misturando com sua percepção
distorcida. Ângelo algumas vezes entra em frenesi e se percebe numa
cidade diferente da que estava antes, sem memórias da jornada. Isto
pode acontecer mesmo que ele não seja atacado e mesmo que não
esteja ferido.
Até
o momento o sabá não sabe, mas Ângelo tem a habilidade de exercer
certo controle sobre o frenesi de temor de outros Irmãos de Sangue.
Ele usou esta habilidade para colocar os poucos Irmão de Sangue que
encontrou a sua mercê, e até o momento matou todos eles.
Seus
Crimes
A
Camarila tomou conhecimento de Ângelo quando este matou alguns
vampiros em Baltimore. Por causa de sua habilidade em assassinatos,
houveram acusações de que fosse um Assamita ou um membro do sabá.
A Camarila sabe que ele está fazendo progênie. Ela o considera um
anarquista de sorte que conseguiu iludir as autoridades das cidades
onde cometeu os assassinatos. Alguns acreditam que ele seja um
Tzimisce. Este conceito errado que se popularizou surgiu a partir de
uma ¨testemunha¨ do clan Tremere, que pode ter seus próprios
propósitos ocultos.
Clan
que o caça
Os
Tremere descobriram coisas interessantes a respeito de Ângelo –
primeiramente a manifestação de sua aura. Eles adorariam por as
mãos nele e estudar seus segredos. Líderes do clan se perguntam se
ele não é uma forma de vampiro evoluído. Eles estão fazendo tudo
que podem para conseguir e analisar uma amostra de seu sangue. Este
conhecimento é mantido em segredo do restante da Camarilla. Os
Tremere se ofereceram para dar cabo de Ângelo com segundas
intenções, ocultando a real importância que este lhes representa.
Ângelo
Clan:
Irmãos de Sangue
Senhor:
Brandon
Natureza:
Solitário
Comportamento:
Sobrevivente
Geração:
8ª
Idade
Aparente:
19
Físicos:
Força 5, Destreza 5, Vigor 5
Social:
Carisma 5, Manipulação 5, Aparência 5
Mental:
Raciocínio 5, Inteligência 5, Percepção 5
Virtudes:
Consciência 1, Autocontrole 4, Coragem 5
Talentos:
Esportes 3, Briga 5, Esquiva 5, Intimidação 4, Liderança 3, Manha
5, Boemia 3, condução 2, Luta as cegas 4, Saque rápido 5, Armas de
Fogo 5, Caminhar nas Chamas 4, Interrogação 3, Leitura labial 3,
Armas Brancas 5, Furtividade 2, Sobrevivência 5
Disciplinas:
Rapidez 5, Dominação 2, Fortitude 5, Ofuscação 2, Potência 4,
Metamorfose 3, Sanguinus 5, Vicissitude 4
Antecedentes:
Nenhum
Humanidade:
2
Força
de Vontade:
8
Pontos
de Sangue/Máximo por turno: 15/3
Imagem:
O semblante punk exterior se mistura com uma beleza e físico
impressionantes. Na verdade sua aparência é perfeita demais,
deixando-o com um ar inumano. Esta aparência oculta um sobrevivente
calculista. Ângelo tem uma tatuagem em forma de lágrima vermelha no
lóbulo da orelha esquerda. Sua aura é monstruosa, com olhos
vermelhos brilhantes de vida própria. Ângelo tem cabelos longos,
algumas vezes ele usa rabo de cavalo,
Citação:
“ Você viu meu irmão? Eu o matei uma vez, mas acho que ele ainda
anda circulando o fogo...você está tentando matar meu irmão?
Dicas
de Interpretação:
Seja intenso, quase vulnerável, fale continuamente e conecte
conceitos de forma ilógica. Todas as criaturas merecem suas
acusações.
Refúgio:
Qualquer lugar serve
Influência:
Nenhuma.
Observação:
Ângelo
tem uma afinidade especial com os Irmãos de Sangue e pode controlar
o frenesi deles da mesma maneira que controla seu próprio.
Rumores:
Você é um membro sabá (F), Você é um Tzimisce (F), Você está
sempre em frenesi (F), Você ama o fogo (V)
Um comentário:
Esse texto foi mal digitado. estão faltando coisas do livro :/
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