quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Enkindu - Red List




By Acodesh

Enkindu

Sua vida

Ur na Caldéia surgiu e caiu pelos caprichos dos vampiros sumérios. Embora a maioria tenha ido para pastagens mais vermelhas, alguns retornaram para reviver as glórias do passado. Em 2200 antes de cristo, quando a glória da Suméria foi restaurada depois das invasões vindas do oriente, o antediluviano gangrel retornou e construiu um zigurat para a glória da lua. Este se tornaria um santuário para o clan, uma grande fortaleza com uma vista que se estendia por um vasto plano.
            Enkindu, o mortal, nasceu num pequeno vilarejo fora da cidade, o filho de uma família pobre que cuidava dos animais de seu pai. Durante a noite ele observava a montanha celestial. Algumas vezes ouvia música ou estranhos sussurros vindos das pedras do zigurat. Ele também viu movimento nos pavimentos do zigurat. Seres que pareciam observar a atividade da cidade, como gatos observando pássaros enjaulados, deslizando com uma destreza impossível de pavimento a pavimento.
            Conforme crescia, Enkindu se tornou prisioneiro de sonhos que pareciam vir até ele a partir da montanha celestial. Seu nariz coçava enquanto dormia, como se algo estivesse inclinado a apenas alguns centímetros de seu rosto. Em algumas ocasiões os lábios de uma mulher pareciam prontos a serem pressionados contra os seus próprios, e mais frequentemente, as garras de um animal, afiadas como adagas pairavam sobre seu pescoço em pulsação. Ele sonhava com deuses nadando na lama. Sua fúria devastando vilarejos inteiros jogando-os dentro do rio eufrates. Quando acordou destes sonhos, a lua estava iluminando o templo. Mesmo estando longe da cidade, ele os podia sentir no zigurat, o observando.
Enkindu resistiu pelo tempo que foi capaz. Por fim, ele atendeu a estranha convocação da montanha celestial e veio até Ur. Seja lá o que sua mente imaginasse encontrar na escuridão, acabou encontrando apenas os excessos da humanidade. Ele observou enquanto animais eram brutalmente sacrificados ao deus lua. Enkindu se aventurou, aproximando-se das paredes do zigurat, desafiando os poderes que lá habitavam. A montanha celestial o ignorou com a mesma fria impassividade que estendia ao resto da humanidade. Enkindu sentiu sua arrogância, seu desprezo pelos homens e mulheres que habitavam seu arredores. Ele vendeu seu rebanho e foi viver dentre o horror, dentre a perversidade da qual a população de Ur tanto se orgulhava. Enkindu passou a desprezá-los a cada dia que passava, desprezando também a cada noite sombria, os deuses dentro da montanha celestial.
Ele tentou ir embora, mas os sonhos então o ameaçavam com imagens de terrível ferocidade a qual não conseguia compreender. Ele detestava sua própria raça. Apenas os animais, inocentes de ambição e de luxúria, o davam conforto. Enkindu observava com ódio no olhar enquanto criaturas eram levadas para um massacre no altar do deus lua, e sentia pesar por eles.
Durante a noite observava os escolhidos deste deus, tal como urubus no topo do templo, bebendo com seus cálices de ouro. Quando cochilava, sentia os visitantes. Ele sentia em si mesmo o toque de garras e ouvia o lamento sussurado em seus ouvidos pelos animais. Em corredores iluminados por tochas, viu a mulher predatória do templo expor sua pele de alabastro, como se estivesse procurando se aquecer no calor ensandecido da celebração humana. Eles apontaram suas garras para Enkindu, acenando com a cabeça uns para os outros, como que concordando que Enkindu seria um bom sacrifício para o seu deus.
Ele os amaldiçoou, mas os estranhos gargalharam em resposta. Enkindu ficou tão irado que pensou estar prestes a pegar fogo de tanto ódio. Então, quando o dia raiou, ele decidiu penetrar o mistério e arrogância dos urubus do deus lua.
No calor do próximo nascer do sol, se preparou para perder a própria vida. Enkindu roubou uma arma e foi direto para o templo. Se atirou nas fracas fileiras de guardas carniçais e os feriu com tanta fúria, que em seu ódio, nem foi capaz de notar. Ele escalou as enormes paredes. Lanças surgiram acertando com impacto explosivo bem próximo de Enkindu, mas este se escondeu entre os tijolos. Mesmo enquanto os guardas escalavam atrás dele, uma multidão se aglomerava para observar os céus, esperando silenciosamente a ira dos deuses.
O por do sol chegou enquanto Enkindu chegava ao pico da montanha celestial. Um glorioso templo lhe servia como coroa, suportada por pilares. O vento soprava ali e o fedor da cidade era fraco. Inspecionando a entrada, sacou sua espada manchada de sangue e entrou sem hesitação. Ele estava na mandíbula do deus que desprezava.
A gangrel mulher esperava por ele nas trevas. Ele ficou esperando pelas garras frias dos gangrel rasgarem sua carne. Ao invés disso eles acenaram para que ele os seguisse pelo labirinto de tijolos enlameados. O cheiro era de sangue frio e animais, um cheiro que Enkindu estava chocado por considerar vagamente agradável. Enkindu se deixou ser guiado e ficou esperando pela morte.
Os gangrel o levaram até seu deus. O antediluviano descansava nas trevas, tremendo como se estivesse fazendo um grande esforço - seus olhos estavam muito cansados. Uma estranha música e chamados bestiais emanavam a partir deles. Ela olhava intensamente para Enkindu e acenava para os outros que o haviam trazido, e Enkindu então havia compreendido. Ele se ajoelhou e esperou para ser massacrado.

Sua não vida

            Quando Enkindu acordou, era como se tivesse experimentado todos os pesadelos em um único flash de agonia. Ele sentiu novas forças, mas sua pele pálida revelava que algo nele havia mudado. Outros gangrel o levaram para fora do templo e para dentro da quietude da noite. Eles o contaram do destino que agora era seu.
            Sua mestra, a antediluviana do clan, mantinha dentro de seu corpo uma criatura de poderosa malignidade. A criatura era um carniçal, um monstro criado a partir de um animal agora extinto, criado por Set (o deus sombrio do longínquo Egito). A criatura era destrutiva e sedenta por sangue. O antediluviano a mantinha aprisionada com seus poderes de animalismo, preservando a vida da criatura porque era o último de sua espécie no mundo.
            A antediluviana mantinha outras criaturas aprisionadas em sua carne. Estes, a gangrel disse a Enkindu, seriam entregues a seus cuidados.
            Os gangrel treinaram Enkindu por um século, até que a cidade foi atacada por setitas e seus aliados, incluindo povos semitas das terras agora conhecidas como Irã e Síria. A Besta Tifônica parecia chamá-los enquanto Enkindu lutava para mantê-lo dentro de seu corpo, tal como sua senhora o havia ensinado. A invasão foi sangrenta, e trouxe o fim da última era dourada da suméria. Os gangrel lutaram e caíram diante dos ataques concentrados dos seguidores de set. Enkindu lutou com muito ódio, vendo toda a corrupção da humanidade refletida nos olhos dos setitas. Desesperados para recuperar o animal tifônico, os setitas o pressionaram, mas a raiva de Enkindu o tornou monstruoso. Ferid,o ele escapou dos setitas e desapareceu na noite enquanto Ur queimava.
            Enkindu vagou por séculos caçando sem remorso vampiros e humanos. Ele forneceu sangue de vampiro aos raros carniçais que carregava dentro de seu corpanzil. Por muitas vezes se sentia exausto além de sua tolerância quando os carniçais lutavam para se libertar. A besta tifônica constantemente buscava escapar. Enkindu vagueou por um milênio, e a humanidade se espalhou pelo mundo. Ele aprendeu os caminhos dos espíritos e os segredos do meio selvagem. Enkindu lutava toda noite para submeter a malevolente besta tifônica a sua própria vontade. Enkindu lutava com setitas que chegavam perto de encontrá-lo, e seu já profundo ódio pelos setitas tomou proporções ainda maiores. Cada vez mais ele passou a caçá-los com forte obsessão. Embora ocasionalmente encontrasse outros gangrel, nunca mais veria sua senhora.

Seu propósito

            Enkindu aprendeu no meio selvagem que somente agarrando-se a humanidade, poderia continuar em domínio da Besta Tifônica. Mas a terrível vingança que direciona aos setitas constantemente ameaça sua humanidade. Ele é o salvador de criaturas antigas e únicas. Enkindu se tornou perspicaz, e o talento em mimetismo é muito útil quando se aventura nas cidades durante caçadas. Em seu desespero para se agarrar a sua humanidade, dividiu parte de sua personalidade em uma outra forma. Ele pode assumir esta segunda forma e com ela manter uma âncora mental em conceitos humanos.
            Na forma feminina ele se adapta a situações sociais, permitindo caçadas mais bem sucedidas em  áreas civilizadas. Esta forma feminina, cujo nome é Sabrina, se assemelha com uma gangrel típica. Ela usa sua engenhosidade para localizar quaisquer setitas que possam estar nas imediações, para depois caçá-los na forma mais bestial de Enkindu.

Sua natureza

Enkindu pode ser considerado um indivíduo compassivo, mas apenas com criaturas incivilizadas. Ele considera a civilização como uma monstruosidade que se alimenta dos espíritos daqueles que nela  habitam. Ele detesta o barulho e sujeira das massas humanas. Enkindu evita os garou a todo custo pois não deseja enfrentá-los. Contudo, não tem tais escrúpulos quanto aos Andarilhos do asfalto e a outros garou urbanos. Com o passar dos séculos Enkindu foi crescendo até chegar a um enorme corpanzil, no qual guarda seus carniçais com ferocidade absoluta. Ele mantem a Besta Tifônica sempre sob rédeas curtas.
A forma de Sabrina é assumida por necessidade, sempre que Enkindu é confrontado por uma situação que exija a sutileza desta parcela dividida de sua personalidade. Sua humanidade está conectada com esta outra forma. 

Seu modus operandi

Enkindu permanece próximo o bastante de cidades grandes para ter uma fonte confiável de sangue vampírico, de modo a manter seus carniçais vivos. Muitos correm junto com ele em suas caçadas e o defendem enquanto dorme durante o dia. Enkindu frequenta zoológicos, dormindo com animais de grande porte, como elefantes e rinocerontes.
Os setitas querem por as mãos na Besta Tifônica, pois acreditam que ela pode levá-los ao próprio Set. A Besta é uma complicação para a não vida de Enkindu, pois usa seu poder de auspícios para chamar a qualquer setita que esteja próximo ao gangrel. Ele mantem esta criatura maligna sempre faminta e fraca o bastante para que possa controlá-la.
Sua amargura em manter vigilância sobre o animal tifônico o levou muitas vezes a considerar a idéia de matá-lo, mas sua compaixão transfere a culpa para os setitas. Ele acredita que o extermínio de setitas libertaria a Besta Tifônica de sua corrupção. Ele não compreende a verdadeira inteligência maligna da Besta.

Crimes

Enkindu vem sendo visto matando membros já há alguns poucos anos, especialmente desde que ficou mas envolvido com caçadas dentro de cidades. Curiosamente, os gangrel modernos são os maiores inimigos políticos de Enkindu, e seu alerta sobre o perigo que Enkindu representa levou a camarilla a colocá-lo na lista vermelha. A posição deste anátema na lista representa o fato de que a camarilla acredita que Enkindu não seja mais do que um vampiro animalesco. A camarila e os gangrel não sabem nada a respeito da forma de Sabrina. Os gangrel gostariam de ver Noah (forma como chamam o anátema) em posição mais alta na lista, mas até o momento foram incapazes de convencer os outros clans. Para a Camarilla, um animal não é tão perigoso como um criminoso político em atividade.

Clan que o caça.

Os gangrel reclamaram o troféu em relação a Enkindu, uma vez que  fizeram fervorosa pressão para que fosse colocado na lista. Existe uma pequena discórdia entre os anciões do clan Grangrel sobre o valor de Noah. Alguns levam em consideração apenas o sangue que ele derramou (muito desse sangue de membros do próprio clan grangrel), outros consideram as criaturas únicas aprisionadas dentro da carne de Enkindu.
O sabá apenas começou a tomar conhecimento a respeito de Enkindu, e se o detectarem, enviarão alguns de seus grupos contra ele. A cúpula da Mão Negra mantém os olhos abertos o máximo que pode, mas descobriram muito pouco sobre Enkindu.
Os lupinos quase não fizeram contato com Enkindu fora das cidades. Enkindu é altamente versado em hábitos e conhecimento sobre lupinos. Por esta razão, se move com relativa facilidade por áreas selvagens.
O setitas consideram Enkindu como um de seus objetivos prioritários. Ele mantem prisioneiro um carniçal criado por seu deus sombrio, uma criatura que acreditam ser capaz de levá-los até o antediluviano. Alguns setitas ambiciosos consideram a Besta Tifônica como um ticket para o prêmio máximo – a oportunidade de diablerizar Set.

Enkindu

Clan: Gangrel
Pseudônimo: Noah, Sabrina
Senhor: Gangrel
Natureza: Cuidadoso/Sobrevivente
Comportamento: Sobrevivente
Geração:
Idade aparente: indeterminável
Físicos: Força 9, Destreza 7, Vigor 9
Social: Carisma 2 (5 na forma de Sabrina) manipulação 3 (6 na forma de Sabrina), Aparência 0 (4 na forma de Sabrina)
Mental: Percepção 9, inteligência 5, Raciocínio 6
Virtudes: Consciência 5, autocontrole 2, Coragem 5
Talentos: (Noah) – Prontidão 8, atletismo 5, briga 9, esquiva 8, empatia 3, intimidação 6, imitação 9 procurar 4
               (Sabrina) – prontidão 2, briga 3, esquiva 4, empatia 4, intimidação 2, subterfúgio 2, manha 4
Habilidades : (Noah) - Empatia com animais 9 – Alteração corporal 9, Caçar 9, Furtividade 8, Sobrevivência 9, Nadar 3, Ratrear 7
                    (Sabrina) – Acrobacia 4 , Atuar 2, Alteração corporal 5, Camuflagem 4, escalar 3, Caçar 5, Furtividade 5, sobrevivência 4, Armadilhas 4
Conhecimentos: (Noah) – Linguística 7, Ocultismo 4
                          (Sabrina) – Conhecimento das fadas 4, Conhecimento lupino 5, naturalismo 7
Disciplinas: (ambos) Animalismo 9, Auspícios 2, Rapidez 7, Fortitude 8, obeah 3, ofuscação 5, Potência 7, Metamorfose 8, Vicissitude 6 – (somente Sabrina) Taumaturgia 3 – Controle climático 3
Antecedentes: Aliados 2, lacaios 5
Humanidade: (Noah 4) , (Sabrina 7)
Força de Vontade 9
Imagem: Noah tem uma forma bestial enorme, que muda de aparência a cada noite. Seus olhos são brancos. A forma Sabrina é a de uma jovem mulher de cabelos curtos e negros com perturbadores olhos azul-esverdeados. Ela se veste com quaisquer roupas que puder encontrar ao emergir como personalidade dominante.
Citação: uma terrível pose bestial,  gritos que emulam o som de monstruosidades antigas que há muito chegaram a extinção.
Dicas de Interpretação: (Noah) Você é o predador mais poderoso que o mundo já conheceu. Você persegue suas presas em silêncio, sem remorso ou medo. Você nunca machuca um animal, pois você os considera como seus iguais. (Sabrina) Você faz vista grossa as falhas alheias. Sua prioridade é fazer alianças. Fale com muita suavidade.
Refúgios: Zoológicos
Influência: Nenhuma
Observações: os níveis extra de animalismo de Enkindu o tornam extremamente  sedutor aos animais, o permitem se comunicar com todos os animais que possan ouví-lo, convocar todos os animais da regiã e fundir o corpo de animais com o seu próprio. Seus níveis extra de metamorfose se combinam para permití-lo assumir a forma de Sabrina. Seus níveis extras de vicissitude o permitem expandir seu corpo até chegar a um porte enorme.
Rumores: Suas duas naturezas são partes coligadas de criaturas diferentes (F) , você caça vampiros gangrel sem provocação (F), Sua aura parece cantar ou recitar (V), você viveu por um longo período no Canadá (V), o fogo o aterroriza (F).

Obs.: Se o gangrel "bunda mole" general de Baba Yaga conseguiu matar 3 lobisomens antes de morrer quando estava lutando sozinho contra 12 garous de DIA, fico me perguntando qts lobisomens Enkindu mataria lutando durante a noite.

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