terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Velya, o Vivisseccionista e Elaine Cassidy - Tzimisce

Os cardeais do Sabá em simbiose corporal
VELYA , O  VIVISSECCIONISTA  E  ELAINE CASSIDY ,  CARDEAIS  DAS  TERRAS  ALÊM  DA  FLORESTA


Clã: Tzimisce
Senhor: Desconhecido
Natureza: Arquiteto/Depravado
Comportamento: Tradicionalista/Infantil
Geração:
Abraço: Desconhecido/1890
Idade Aparente: Metade dos 40/10
Físicos: Força 4, Destreza 4, Vigor 7
Sociais: Carisma 6, Manipulação 6, Aparência 3/7
Mentais: Percepção 8, Inteligência 8/4, Raciocínio 6
Talentos: Prontidão 6, Briga 3, Esquiva 3, Lábia 5
Perícias: Moldar Corpos 6, Etiqueta 5, Armas Brancas 4, Furtividade 4
Conhecimentos: Acadêmicos 5, Lingüística (numerosas línguas européias e vários idiomas esquecidos do Mundo Antigo) 6, Ocultismo 8, Ciência 7
Disciplinas: Animalismo 8, Auspícios 8, Feitiçaria Koldunica 8, Vicissitude 7, Dominação 5, Presença 5, Fortitude 4
Vias Koldunicas: Via do Sangue 5, Via do Fogo 5, Via do Espírito 5
Antecedentes: Recursos 5, Lacaios 5, Status no Sabá 5
Virtudes: Convicção 2 (antigamente 5)/Consciência 0, Instinto 4/ Auto-Controle 0, Coragem 2/Coragem 2
Moralidade: Caminho da Metamorfose 4 (antigamente 9)/Humanidade 0
Força de Vontade: 5 (antigamente 10)

Histórico: Ele é uma lenda mesmo entre os Demônios, e poucos já o viram ou conversaram com ele. Juntamente com Lugoj, Voivode dos Voivodes, foi ele quem libertou os jovens dos sanguinários grilhões dos anciões. Sua maestria em feitiçaria do sangue rivaliza-se apenas com a do Conselho Interno Tremere. Os novatos do Sabá o apelidaram de o “Esfolador”, o “Vivisseccionista” e uma infinidade de outras alcunhas, mas os anciões entre os Demônios do Sabá o conhecem simplesmente como Velya.
            Um dos fundadores do Sabá, Velya agora serve como Cardeal, supervisionando a reconquista da seita ao Velho País Tzimisce. Para tanto, ele orquestra perseguições étnicas e terrorismo, lentamente dividindo a antiga Cortina de Ferro em um punhado de Estados destruídos com populações fragmentadas. Porém, o mais importante, ele prepara e realiza poderosos rituais koldunicos, buscando usar os espíritos da antiga terra contra os odiados Tremere da vizinha Viena. Ele assumiu tal posição política de destaque com relutância, pois já é muito antigo e mais interessado nos caminhos da Metamorfose do que em algo tal efêmero como a Jihad. Entretanto, ele reconhece a necessidade do seu trabalho, e executa sua função com meticulosa devoção e honra como apenas um antigo e maligno Demônio faria.
            Ou então assim Velya acreditava. Na verdade, ele está preso a uma terrível e auto-infringida situação, uma que talvez possa vir a destruí-lo após um milênio de inimigos e perigos falharem em faze-lo. Para Velya, sua maior alegria é também a sua maior aflição.

            Um século atrás, Velya apaixonou-se e “casou-se” com Elaine Cassidy, uma socialite com 10 anos de idade de Boston. Ele acompanhou a distância como Elaine meticulosamente conquistou uma posição de comando dentro de sua neurótica família ao levar a sua mãe a um estado de cacofonia, contribuindo para o falecimento precoce de sua irmã e habilmente manipulando a internação de seu sensitivo irmão mais velho em um manicômio. Velya ficou fascinado. Auxiliando os planos da pequena Elaine a distância, Velya assegurou que a garota herdasse toda a fortuna dos Cassidy. A jovem e impressionável Elaine, por sua vez, rapidamente foi arrebatada pelo sábio e mefistofélico vampiro após encontrar-se com ele, ligando-se os dois monstros em uma sanguinária união.
            Porém, com o passar dos séculos Velya acabou afastando-se tanto da condição humana que ele acabou esquecendo-se da fragilidade de Elaine. Embora a pequena Elaine fosse um monstro entre os vivos, sua mente de 10 anos de idade não era forte o suficiente para suportar os horrores da não-vida noturna do Sabá. Insuficientemente determinada para aprender mesmo o básico do Caminho da Metamorfose,  Elaine foi perdendo o controle, e sua alma foi tomada pela Besta durante a metade do século 20. Percebendo o que ocorreu mas incapaz de acabar com a não-vida de sua cria e “esposa”, Velya usou suas habilidades para enxertar sua amada em si mesmo até o momento que ele possa “conserta-la”.
            É claro que, nenhum vampiro uma vez dominado pela Besta pode ser “consertado”, nem mesmo por alguém como Velya. Além disso, a fusão ligou as veias e artérias de Velya e Elaine, fluindo então o sangue do corpo de um para o corpo do outro. Enquanto tal fato tem o aspecto positivo de reforçar eternamente o laço de sangue do casal, ele também permite que a selvagem Besta de Elaine ataque ao próprio Velya.
            Assim, pela primeira vez em séculos, o Matusalém se vê próximo de perder o controle. Os servos de Velya já começam a sussurrar sobre experimentos que falham, tarefas negligenciadas e bizarros lapsos de personalidade. Velya mantêm-se – e a Elaine – equilibrando-se pela noite. E se Velya cair, a reconquista do Velho País pelo clã pode vir a fracassar.


Imagem: Individualmente, tanto Velya quanto Elaine são belos – o primeiro de boa aparência e bem vestido, com cabelos longos e prateados; e a segunda é uma perversa ninfeta nobokoviana vestida em elegantes mas conservadores túnicas. É claro que o fato dos dois vampiros estarem unidos em um mesmo corpo, com as pernas de Elaine fundidas a coluna de Velya, faz da composição algo grotesco. Contudo Velya esforça-se para manter sua “esposa” distraída e dócil nos momentos em que a Besta a domina; durante essas crises, o seu perfeito semblante infantil contorce-se em uma massa disforme de carne, com obscenidades saindo de sua boca deformada.


Dicas de Interpretação: Como Velya, você é muito metódico, numa tentativa de compensar a loucura que o invade oriunda de sua ligação sanguínea com Elaine. De fato, você gasta tanto tempo domando a sua Besta que você acaba negligenciando os princípios básicos do Caminho da Metamorfose, o levando cada vez mais fundo em uma queda espiritual. Como Elaine, você passa a maior parte do tempo em um estado semi-desperto e sonhador, mantida assim graças a feitiçaria do sangue de Velya. Ocasionalmente, você se vê livre do feitiço, e durante essas ocasiões você combina a astúcia e o capricho de uma criança enlouquecida com o frenesi de um Cainita insano. Você está apaixonada pelo seu “marido”, mas busca apenas afunda-lo em uma união de bestialidade com você.


Fontes: CotN págs. 22 e 23
Traduzido por Gilmar


Nenhum comentário:

Postar um comentário