Os cardeais do Sabá em simbiose corporal
Clã: Tzimisce
Senhor: Desconhecido
Natureza: Arquiteto/Depravado
Comportamento: Tradicionalista/Infantil
Geração: 5ª
Abraço: Desconhecido/1890
Idade Aparente: Metade dos 40/10
Físicos: Força 4, Destreza 4, Vigor 7
Sociais: Carisma 6, Manipulação 6, Aparência 3/7
Mentais: Percepção 8, Inteligência 8/4, Raciocínio 6
Talentos: Prontidão 6, Briga 3, Esquiva 3, Lábia 5
Perícias: Moldar Corpos 6, Etiqueta 5, Armas Brancas 4, Furtividade
4
Conhecimentos: Acadêmicos 5, Lingüística (numerosas línguas
européias e vários idiomas esquecidos do Mundo Antigo) 6, Ocultismo 8, Ciência
7
Disciplinas: Animalismo 8, Auspícios 8, Feitiçaria Koldunica 8,
Vicissitude 7, Dominação 5, Presença 5, Fortitude 4
Vias Koldunicas: Via do Sangue 5, Via do Fogo 5, Via do Espírito 5
Antecedentes: Recursos 5, Lacaios 5, Status no Sabá 5
Virtudes: Convicção 2 (antigamente 5)/Consciência 0, Instinto 4/
Auto-Controle 0, Coragem 2/Coragem 2
Moralidade: Caminho da Metamorfose 4 (antigamente 9)/Humanidade 0
Força de Vontade: 5
(antigamente 10)
Histórico: Ele é
uma lenda mesmo entre os Demônios, e poucos já o viram ou conversaram com ele.
Juntamente com Lugoj, Voivode dos Voivodes, foi ele quem libertou os
jovens dos sanguinários grilhões dos anciões. Sua maestria em feitiçaria do
sangue rivaliza-se apenas com a do Conselho Interno Tremere. Os novatos do Sabá
o apelidaram de o “Esfolador”, o “Vivisseccionista” e uma infinidade de outras
alcunhas, mas os anciões entre os Demônios do Sabá o conhecem simplesmente como
Velya.
Um dos fundadores
do Sabá, Velya agora serve como Cardeal, supervisionando a reconquista da seita
ao Velho País Tzimisce. Para tanto, ele orquestra perseguições étnicas e
terrorismo, lentamente dividindo a antiga Cortina de Ferro em um punhado de
Estados destruídos com populações fragmentadas. Porém, o mais importante, ele
prepara e realiza poderosos rituais koldunicos, buscando usar os espíritos da
antiga terra contra os odiados Tremere da vizinha Viena. Ele assumiu tal
posição política de destaque com relutância, pois já é muito antigo e mais
interessado nos caminhos da Metamorfose do que em algo tal efêmero como a
Jihad. Entretanto, ele reconhece a necessidade do seu trabalho, e executa sua
função com meticulosa devoção e honra como apenas um antigo e maligno Demônio
faria.
Ou então
assim Velya acreditava. Na verdade, ele está preso a uma terrível e auto-infringida
situação, uma que talvez possa vir a destruí-lo após um milênio de inimigos e
perigos falharem em faze-lo. Para Velya, sua maior alegria é também a sua maior
aflição.
Um século
atrás, Velya apaixonou-se e “casou-se” com Elaine Cassidy, uma socialite com 10
anos de idade de Boston. Ele acompanhou a distância como Elaine meticulosamente
conquistou uma posição de comando dentro de sua neurótica família ao levar a
sua mãe a um estado de cacofonia, contribuindo para o falecimento precoce de
sua irmã e habilmente manipulando a internação de seu sensitivo irmão mais velho
em um manicômio. Velya ficou fascinado. Auxiliando os planos da pequena Elaine
a distância, Velya assegurou que a garota herdasse toda a fortuna dos Cassidy.
A jovem e impressionável Elaine, por sua vez, rapidamente foi arrebatada pelo
sábio e mefistofélico vampiro após encontrar-se com ele, ligando-se os dois
monstros em uma sanguinária união.
Porém, com
o passar dos séculos Velya acabou afastando-se tanto da condição humana que ele
acabou esquecendo-se da fragilidade de Elaine. Embora a pequena Elaine fosse um
monstro entre os vivos, sua mente de 10 anos de idade não era forte o
suficiente para suportar os horrores da não-vida noturna do Sabá. Insuficientemente
determinada para aprender mesmo o básico do Caminho da Metamorfose, Elaine foi perdendo o controle, e sua alma
foi tomada pela Besta durante a metade do século 20. Percebendo o que ocorreu
mas incapaz de acabar com a não-vida de sua cria e “esposa”, Velya usou suas
habilidades para enxertar sua amada em si mesmo até o momento que ele possa “conserta-la”.
É claro
que, nenhum vampiro uma vez dominado pela Besta pode ser “consertado”, nem
mesmo por alguém como Velya. Além disso, a fusão ligou as veias e artérias de
Velya e Elaine, fluindo então o sangue do corpo de um para o corpo do outro.
Enquanto tal fato tem o aspecto positivo de reforçar eternamente o laço de
sangue do casal, ele também permite que a selvagem Besta de Elaine ataque ao
próprio Velya.
Assim, pela
primeira vez em séculos, o Matusalém se vê próximo de perder o controle. Os servos
de Velya já começam a sussurrar sobre experimentos que falham, tarefas
negligenciadas e bizarros lapsos de personalidade. Velya mantêm-se – e a Elaine
– equilibrando-se pela noite. E se Velya cair, a reconquista do Velho País pelo
clã pode vir a fracassar.
Imagem: Individualmente,
tanto Velya quanto Elaine são belos – o primeiro de boa aparência e bem
vestido, com cabelos longos e prateados; e a segunda é uma perversa ninfeta
nobokoviana vestida em elegantes mas conservadores túnicas. É claro que o fato
dos dois vampiros estarem unidos em um mesmo corpo, com as pernas de Elaine
fundidas a coluna de Velya, faz da composição algo grotesco. Contudo Velya
esforça-se para manter sua “esposa” distraída e dócil nos momentos em que a
Besta a domina; durante essas crises, o seu perfeito semblante infantil
contorce-se em uma massa disforme de carne, com obscenidades saindo de sua boca
deformada.
Dicas de
Interpretação: Como Velya, você é muito metódico, numa tentativa de
compensar a loucura que o invade oriunda de sua ligação sanguínea com Elaine.
De fato, você gasta tanto tempo domando a sua Besta que você acaba
negligenciando os princípios básicos do Caminho da Metamorfose, o levando cada
vez mais fundo em uma queda espiritual. Como Elaine, você passa a maior parte
do tempo em um estado semi-desperto e sonhador, mantida assim graças a
feitiçaria do sangue de Velya. Ocasionalmente, você se vê livre do feitiço, e
durante essas ocasiões você combina a astúcia e o capricho de uma criança
enlouquecida com o frenesi de um Cainita insano. Você está apaixonada pelo seu
“marido”, mas busca apenas afunda-lo em uma união de bestialidade com você.
Fontes: CotN
págs. 22 e 23
Traduzido por Gilmar
Traduzido por Gilmar
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