Helena (Portia)
No
século XIII antes de cristo, Helena era a mais bonita dentre as mulheres de
Acaia. Sendo a filha preferida do rei da cidade costeira de Argos, adorada por
seu pai e amada por seu povo, sua vida era perfeita. Mas então Minos veio fazer-lhes
uma visita. Minos era um homem antigo e horrendo, e que imeditamente se
apaixonou por Helena. Helena o desprezava, bem como a seus modos noturnos. Ela
disse a seu pai que queria o homem expulso da cidade, apenas para ver os olhos
de seu pai petrificarem enquanto respondia que ela haveria de se casar com o
homem. Chocada, Helena fugiu do palácio em sigilo, levando consigo apenas uma
criada.
As
duas fugiram para o sul ao longo da praia do mar Egeu. Depois de algumas horas,
ambas caíram de exaustão e adormeceram numa gruta. Helena acordou ao amanhecer,
e alguém estava de pé diante dela. Era o príncipe Prias, o homem mais bonito que já havia conhecido.
Ele facilmente a convenceu a fugir para sua cidade, na Ásia menor, onde
estariam a salvo de Minos.
Por
10 anos Helena viveu feliz com a família de Prias, uma das casa mais nobres
daquela parte do mundo. Contudo, Minos a
rastreou. As terríveis suspeitas de Helena de que Minos não era humano se
mostraram corretas. Parecia que nada seria capaz de derrotar o antigo vampiro
enquanto este destruía o lar ancestral de Prias a procura da princesa que havia
escapado de seu domínio. Prias e seus irmãos lutaram bravamente, mas eram como
formigas diante de um elefante. Minos os derrotou, pausando somente o tempo
necessário para lançar Prias através de uma parede. O vampiro em seguida
capturou Helena e a levou de volta para a Grécia.
Minos
havia há muito decidido transformar Helena em vampiro para que governasse Argos
a seu lado. Entretanto decidiu puní-la primeiro pelos problemas que havia
causado, de uma maneira que o daria satisfação. Acorrentando-a na cama de seu
pai, ele alimentava-se dela todas as noites, retirando sangue numa quantidade
levemente superior a que seu corpo era capaz de repor, prolongando assim sua
agonia por meses. Na noite em que drenou a última gota de seu sangue, Minos o
substituiu com um pouco de sua própria vitae e a deixou trancada junto com seu
pai idoso. Em seguida ficou do lado de fora esperando pelos gritos de agonia
que saberia que ouviria quando o primeiro frenesi terminasse e Helena
descobrisse quem havia acabado de matar.
Sua
força de vontade cedeu, Helena permitiu que Minos arranjasse um casamento entre
eles, e ao término da cerimônia chegou até a colocar a coroa na cabeça do
vampiro. Juntos se tornaram os monarcas de Argos. Helena veio a aceitar – e por
fim deleitar-se – de sua nova condição, mas desprezava o fato de ter que
compartilhar seus prazeres com Minos. Com o passar dos anos ela buscou uma
forma de matá-lo, e por fim viajou para Delphi para perguntar ao oráculo como
fazê-lo. Lá ela descobriu que beber o sangue de seu atormentador poderia tanto
destruí-lo, bem como torná-la mais poderosa - mas foi avisada de que poderia destruir
também o que havia restado de sua alma.
Embora
estivesse começando a confiar mais em Helena, Minos ainda a mantinha sob
Dominação, o que a impedia de executar sua vingança. Então, depois de 13 anos,
Prias retornou. Com um grupo de soldados, surpreendeu os vampiros no momento em
que estes se preparavam para dormir durante o dia. Prias cravou sua lança de
madeira profundamente no peito de Minos. Como o vampiro estava paralisado,
Helena pulou na garganta de seu senhor. Ela bebeu fartamente, e sentiu o novo
poder fluir através de si quando absorveu a última gota de sangue.
Ela
e Prias viveram felizes em Argos até que Helena percebeu que o seu outrora belo
amante estava envelhecendo. Ela ofereceu-lhe o abraço, mas Prias recusou-se.
Então ela o disse que ao beber seu sangue ele ganharia a imortalidade sem ser
amaldiçoado tal como ela o era. Ele aceitou e ambos permaneceram juntos felizes
por séculos.
Por
fim ambos deixaram Argos e começaram a viajar pelo mundo civilizado. Eles
chegaram em Cártago na época em que os Brujah estavam elevando a cidade para o
momento de maior glória, e se fascinaram com seu esplendor. Eles estavam lá
quando Cártago atraiu a inimizade dos anciões que governavam Roma.
Inicialmente
Helena e Prias lutaram a favor de Cártago, mas logo perceberam a futilidade de
seus esforços. Juntos, saíram da cidade e foram para Roma, onde deram aos
Ventrue as informações necessárias para destruir a cidade. Em troca, Helena
recebeu o feudo de Pompéia, onde residiu feliz por acreditar que não possuía
inimigos no mundo.
Infelizmente
para Helena, um Brujah de 4ª geração sobreviveu ao massacre de Cártago.
Meneleus logo descobriu a traição de Helena e jurou vingança por seus sonhos
despedaçados e amigos assassinados. Ele a rastreou até Pompéia, onde invocou um
espírito de fogo para destruí-la. Meneleus rapidamente perdeu o controle sobre
o espírito e precisou fugir da cidade pois o fogo também estava caindo sobre
ele – Meneleus acreditou tê-la destruído. Helena, entretanto, conseguiu
sobreviver com a ajuda de Prias. Juntos eles fugiram para o Egito, onde
planejaram sua vingança.
E
foi assim pelos próximos 1300 anos. A existência se tornou uma longa batalha
contra seu antigo inimigo, uma batalha que nenhum dos dois parecia ser capaz de
vencer. Finalmente, Helena e Prias deram um golpe quase fatal em Meneleus na
Espanha. O nascer do sol foi a única coisa que os impediu de dar cabo do Brujah,
mas ambos acreditaram que o sol faria o resto do trabalho por eles.
Contudo,
no dia seguinte, não havia sinal do Brujah. Por quase um século Helena e Prias
procuraram, mas não encontraram nenhum vestígio de Meneleus. Ao menos uma vez,
Helena estava feliz por não saber onde seu rival estava, pois tinha um novo problema
com o qual lidar. Ela não mais obtinha sustento do sangue de mortais; apenas a
vitae de outros membros era capaz de satisfazer suas necessidades. Em pouco
tempo esta limitação evolui para apenas a vitae de cainitas fêmeas, embora
tenha percebido que o sangue destas a nutria muito mais do que qualquer sangue
mortal já havia feito.
Subitamente,
a percepção de Auspícios de Helena rastreou traços de Meneleus do outro lado do
oceano. Maravilhada com a idéia de existir uma terra do outro lado do oceano, ela
rapidamente manipulou o império espanhol
para que enviasse exploradores para o oeste. Uma vez que confirmou a
existência do novo mundo, ela (junto com Prias e várias progênies femininas que
criou) se juntou à expedição de Hernan Cortez. Chegando ao novo mundo, Helena
perdeu o rastro de Meneleus. Rumores dos nativos indicavam que ele poderia ter
buscado refúgio entre os Astecas. Com a ajuda de Cortez, Helena destruiu aquele
império – e em seguida, com outras ferramentas, destruiu os Maias – apenas para
não encontrar qualquer sinal de seu inimigo. Em seguida Helena soube da
existência dos Incas. Desta vez ela se aliou a Pizarro e juntos destruíram mais
uma civilização indígena. Meneleus de fato estava lá; ele seus aliados Incas
provaram não estar a altura da tecnologia superior dos espanhóis somado com a
horda de progênies de Helena. Meneleus por muito pouco conseguiu escapar com
sua não vida, e fugiu para o norte.
Helena
continuou procurando por ele durante muitos séculos, e finalmente o encontrou escondendo-se
entre os Pueblos. Ele fugiu sem nem mesmo dar combate, e Helena começou a
sentir o cheiro da vitória. Ela iniciou a perseguí-lo através da América do
Norte, mas teve dificuldade para encontrá-lo entre as muitas tribos.
Finalmente,
em 1820, os rivais se encontraram nas planícies de um lugar que hoje é chamado
de Kansas, e Meneleus novamente foi forçado a fugir. Novamente ela o rastreou,
e no processo se aliou às forças armadas dos Estados Unidos. A próxima luta foi
no Forte Dearborn, onde por alguns momentos parecia que Meneleus poderia
vencer. Tendo como aliado o chefe indígena Falcão Negro, Meneleus quase mostrou
ser páreo para Helena e seus aliados de vestes azuis.
Por
fim, os dois matusaléns se engajaram num combate corpo a corpo, trocando entre
si golpes devastadores. Ao fim do combate ambos ficaram incapacitados. Prias
levou Helena para um lugar seguro debaixo do Forte Dearborn, onde esta caiu em
torpor.
Mesmo
em torpor, Helena usava suas disciplinas de auspícios e dominação para lutar contra
Meneleus. Inicialmente ela estava confiante na vitória, pois controlava os
soldados no Forte. Mesmo quando colonos começaram a povoar a área, Helena
permaneceu absoluta o controle. Depois da guerra civil, Helena percebeu que o
poder militar na área estava enfraquecendo e que o controle civil estava
aumentando. Ela voltou sua atenção para a cidade em crescimento, apenas para
descobrir que Meneleus já havia começado a agir no lugar, e que agora
controlava o príncipe.
Procurando
com afinco por um peão adequado neste novo jogo, Helena encontrou Lodin por
acaso. Em seguida fez com que diversos malkavianos de Chicago iniciassem o
incêndio que destruiu muitos dos peões de Meneleus. Com estes fora do caminho,
Lodin derrotou o príncipe Maxwell e o fez correr da cidade. Com o seu próprio
príncipe no poder, Helena preparou-se para encontrar o corpo de Meneleus e
destruí-lo. Contudo, batalhas sucessivas entre os membros, a maioria das quais incitadas
por Meneleus ou pela própria Helena, frustraram estes esforços.
Agora
o jogo havia mudado novamente. Desde 1990, quando saiu do torpor, Helena esteve
recuperando suas forças para matar Meneleus pessoalmente. Então, em 1993, os
lupinos atacaram.
Seu
refúgio foi um dos primeiros alvos, e Helena estava certa de que os lobisomens
estavam sob controle de Meneleus. Ela sobreviveu a seus terríveis ataques ao
clube Succubus, mas Prias foi morto. Ela retornou e tomou o comando do clube,
embora este não fosse mais o seu refúgio principal. Helena está ativamente
procurando pelo local de descanso de Meneleus; caso encontre, atacará com todos
os recursos a sua disposição – algo que não permitirá a sobrevivência da
máscara. Helena também começou a procurar os membros sob o controle de
Meneleus, e planeja beber-lhes o sangue em breve.
Senhor:
Minos
Natureza:
Conspiradora
Comportamento:
Bom Vivant
Geração:
4ª
Abraço:
1207 BC
Idade
aparente: 25 anos
Físicos:
Força 7, Destreza 8, Vigor 6
Social:
Carisma 8 , manipulação 8, Aparência 8
Mentais:
Percepção 7, Inteligência 6, Raciocínio 6
Talentos:
Atuar 6, Prontidão 6, Briga 7, Esquiva 7, Empatia 3, Intimidação 5, Liderança
5, Sedução 6, Subterfúgio 6.
Habilidades:
Etiqueta 8, Armas de Fogo 2, Armas Brancas 5, Musica 4, Furtividade 3,
Sobrevivência 3
Conhecimentos:
História 5, Linguística 5, Ocultismo 5
Disciplinas:
Animalismo 1, Auspícios 7, Rapidez 5, Dominação 8, Fortitude 5, Ofuscação 5,
Potência 4, Presença 5, Taumaturgia 4 (Movimento da mente 3, Controle Elemental
3)
Antecedentes:
Contatos 8, Influência 4, Recursos 4, Lacaios 8, Status 6
Virtudes:
Consciência 0, Autocontrole 5, Coragem 5
Humanidade: 3
Força
de Vontade: 10
Observações:
O primeiro nível extra de auspícios permite que Helena tenha uma perspectiva
mística sobre uma vasta área, tal como se estivesse num local alto pairando no
ar e olhando para baixo. O segundo nível a permite descobrir a localização de
qualquer um que conheça (role um número de dados igual a pontuação de Percepção
- Dificuldade 5 + nível de ofuscação do alvo – dificuldade máxima 10). Seus
níveis adicionais de Dominação a permitem: usar Dominação sem contato visual
desde que conheça a localização da vítima; bloquear as tentativas de Dominação
de terceiros sobre suas vítimas (adicione 3 na pontuação de Força de Vontade
para o propósito de resistir a novas tentativas de Dominação até que tenham
completado a tarefa ordenada por Helena – algumas vezes a tarefa não tem prazo
determinado de conclusão); e dominar um grupo de pessoas (para cada sucesso
extra que atingir em relação à quantidade necessária, Helena poderá rolar um
dado para dominar outra pessoa)
Imagem:
Ela é uma das mais belas criaturas do planeta
Dicas
de Interpretação: Você é a melhor dos melhores – aja de acordo
Refúgio:
a capela Tremere
Segredos
: A+
Influência:
Helena é, com folga, o indivíduo mais influente de Chicago. Ela possui grande
influência sobre os anciões, anarquistas, sobre o sabá, os Tremere e muitos
outros. Ela administra o clube Succubus, que agora funciona como o ponto de
encontro mais frequentado pelos anarquistas. Os dois Ventrue na liderança,
Ballard e Capone, cumprem a vontade de Helena. O novo grupo Sabá em Chicago
segue suas ordens, e o líder Tremere fará quase qualquer coisa que ela deseje.
Alguns membros de Chicago já perceberam que ela é muito mais do que alega ser,
especialmente levando-se em consideração sua grande beleza, mas poucos sabem
quão poderosa ela é.
Chicago by Night págs 109, 110 e 111
Um comentário:
Amei
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