E você aí achando que só os Tremere puseram uma maldição nos assamitas.
Uma sede insaciável
Nossa maior vergonha,
nosso maior temor – e nossa maior desgraça. Mesmo com todo o poder dos
feiticeiros, não pudemos quebrar a maldição que os Baali lançaram sobre nós
quando os expulsamos de Chorazim e os enviamos aos gritos para que encontrassem
seus mestres. Um a um, nossos guerreiros caem diante desta loucura, e a cada
noite a tarefa de escondê-la se torna mais difícil.
Há meio milênio, os guerreiros assamitas travaram guerra contra os Baali na Terra Santa como parte de seu esforço para apoiar o fortalecimento
do islã. Eles enviaram seus peões mortais contra os hereges dos Baali, e
enfrentaram os mestres sombrios destes cultos num combate brutal. Os Baali não
estavam a altura da fúria dos assamitas, e choveram maldições vazias aos
líderes dos guerreiros, conforme recuavam para sua cidade maculada, Chorazin.
Durante o recuo dos Baali, uma tragédia recaiu sobre os
guerreiros. Um dos maiores entre eles, o ancião Izhim Abd´Azrael, foi derrubado
e levado cativo. Os guerreiros, furiosos além do limite da razão, atacaram
Chorazin com força total. Com seu exército mortal em sua retaguarda,
sobrepujaram as muralhas da cidade em pouco tempo , chegando ao templo onde os
cultistas Baali se preparavam para sua última resistência. Contudo, quando o
primeiro guerreiro pisou naquele salão maculado, um fogo negro correu por suas
veias, e ele caiu ao chão em agonia. Seus irmãos também foram afetados, os
assamitas sofreram perdas dolorosas até que um grupo de feiticeiros liderados
pelo próprio Amr, chegou para ajudá-los. As forças assamitas invadiram o templo
e resgataram Izhim Abd´Azrael do altar baali onde estava deitado e estacado, sendo aparentemente a vítima
pretendida de um horrível sacrifício.
Somente após Izhim ter se recuperado o bastante para falar,
os assamitas descobriram a verdade sobre o que havia ocorrido antes do ataque
final. Ele não era o sacrifício, e sim o ponto focal de um ritual que atingia o
próprio coração do clã
“assim como vocês têm sede do nosso sangue” – o alto
sacerdote disse para ele “também terá pelo sangue de todos, todo o tempo” . Izhim
foi a primeira vítima desta maldição, e quase drenou por completo o guerreiro
que o ofereceu sangue para que se curasse. Ele estava afetado por uma loucura
irresistível, um anseio vindo do fundo da alma, por sangue cainita.
Izhim é de 5ª geração, um dos primeiros guerreiros abraçados
depois da queda da 2ª cidade. Ele fora numa ocasião dispensado, mas
posteriormente foi readmitido e serviu como Caliph por um curto período antes
de sair para vagar pelo deserto. Seu sangue é forte e velho o suficiente para
servir como ponto focal de uma maldição que ainda se rasteja pela classe
guerreira. A fome lentamente se alastra entre as fileiras sem qualquer padrão
racional, tocando tanto neófitos como matusaléns com sua loucura. Até o momento
talvez metade da casta já esteja afetada. Muitos viajaram para o leste, até a
Índia ou Taugast para que possam estar longe da tentação das cidades européias
cheias de cainitas, contudo um número muito maior dá indulgência a sua ânsia, atacando
tanto amigos como inimigos. Os feiticeiros se esforçam todas as noites para
quebrar a maldição, mas temem que os poderes evocados no ritual são mais fortes
do que mesmo eles podem dominar. Com o tempo, todos os guerreiros assamitas podem cair sob
efeito do feitiço, e mesmo o vizir mais sábio pode apenas imaginar o que
ocorrerá em seguida.
By Acodesh
Libellus Sanguinis págs 53 e 54
Um comentário:
Então, qual seria a fraqueza original dos Assamitas?
Postar um comentário