sábado, 13 de outubro de 2012

MIthras, Matusalém e Príncipe de Londres




By Acodesh
   
Mithras

            Mithras era um soldado a serviço de um rei, e fora enviado para as montanhas para lidar com uma rebelião. Os rebeldes faziam o uso de magia, e foram necessários muitos dias e muitas mortes antes que pudesse se preparar para retornar com as cabeças de seus líderes – todos com a exceção de um que havia escapado.
            Na noite anterior ao retorno da expedição, Mithras recebeu um visitante. Ele tentou gritar mas não conseguia falar nem se mexer. Podia apenas ouvir o que o estranho lhe dizia.
            O estranho, ele logo percebeu, era o líder rebelde que havia escapado. Mas este nem de longe queria vingança, estava impresionado com Mithras e queria lhe fazer uma oferta. Aqueles que morreram na batalha eram inferiores, ele dizia. Feitos para serem decartados em nome de uma causa maior. Mas que podia dar a ele o dom da vida eterna, e um lugar de honra num exército que Mithras nunca havia sequer sonhado. Ou que poderia matá-lo ali mesmo onde estava.
            Mithras permaneceu nas montanhas por alguns poucos anos, se fortalecendo e aprendendo sobre sua nova vida. Então, com alguns companheiros, voltou para a cidade que havia anteriormente servido. Foi apenas uma questão de convencer as pessoas de que estavam recepcionando deuses - logo depois os velhos templos foram derrubados e oferendas de todo tipo foram postas diante dos recém chegados.
            Séculos se passaram, reinos surgiram e caíram. O equilíbrio de poder mudou para o oeste, e os companheiros de Mithras considerararm produtivo se mudarem para uma cidade em crescimento que ficava entre dois rios. Guiados por sua sabedoria, a cidade se tornou a capital de um grande império, mas conforme os séculos passavam, outro império surgiu dentre os bárbaros do oeste, cujos soldados vieram para a batalha.
            Mithras ficou impressionado com os bárbaros, seus líderes eram eficientes, cada soldado fazia seu papel sem questionamentos, tal como formigas assegurando o sucesso da colônia. O exército dos bárbaros era quase como um único ser vivo. Seus equipamentos também eram interessantes, cada coisa era designada, com muito cuidado e planejamento, para sua função – ajudando a fazer do exército um todo integrado e altamente eficiente. Nada conseguia impedir os bárbaros de dominar o mundo inteiro.
            Mithras em segredo deixou seus companheiros e foi até o exército dos bárbaros. Sendo ele próprio um soldado, sabia o que outros soldados desejavam de seus deuses – logo em seguida haviam imagens de Mithras em cada acampamento de batalha por todo império romano. Quem governasse os soldados, governaria o império, e Mithras sabia bem disso. Com tal poder entre os mortais, ele teria muito respeito dentre os de sua espécie.
            Mithras viajou por todo o império, mudando as coisas a seu gosto com sua passagem. Como a luz do dia era um problema, Mithras dormia de dia e acordava a noite – e seus seguidores o questionavam a este respeito – até que ele os disse que durante o dia estava guiando o sol pelos céus. A ironia o agradava, e os mortais acreditavam em cada palavra.
            Por fim ele foi até uma ilha pequena, sombria e problemática no fim do mundo. Os soldados haviam sido enviados para lá para conquistá-la, mas a luta foi dura. Mithras os aconselhava e encorajava – e veio a gostar muito do local. Havia pouca luz do sol, especialmente nos lugares ermos onde as batalhas aconteciam, além de que estava longe de seus rivais que começavam a adquirir controle no império. Em muitas das fortalezas de fronteiras, haviam templos construídos para seu uso, construídos metade debaixo do solo, longe do alcance do sol. Seus seguidores o reverenciavam com rituais de mortes e ressurreições falsas, e isso o agradava. Ele edificaria sua força entre estes exércitos de fronteira, e esperaria a chegada do tempo certo. Os rituais também o permitiam manter contato com sua própria natureza, e isso era importante. Um deus nunca deve acreditar nas mesmas coisas que seus seguidores.
            O império caiu, mas Mithras permaneceu em segurança na fronteira norte. Os soldados foram chamados de volta, e Mithras não os impediu. O tempo certo ainda não havia chegado; ainda havia muita confusão no mundo. Ele afundou no solo e descansou.
            Os combates perturbavam seu sonhos, e Mithras acordou mais de uma vez. Bárbaros vindo do outro lado do mar do leste vieram em navios; eles faziam matanças e queimadas, depois construíam fazendas. Reis insignificantes iam e vinham, até que um homem de poder foi capaz de impor seu controle na maior parte da ilha. Um de seus descendentes fez novas conquistas, e exércitos começaram a marchar para o norte através da velha fronteira.
            Mithras foi para o sul, para um templo que havia usado na maior cidade da ilha. A cidade estava muito diferente, mas ele encontrou o templo com relativa facilidade. Mithras se familiarizou com os novos tempos, e descobriu que os impérios que conhecia estavam perdidos para sempre. Os soldados bárbaros haviam esquecido os novos reinos enquanto tentavam reconquistar glórias antigas.
            Haviam também outros de sua espécie na cidade. Quando tentou reabrir seu templo, seus seguidores foram mortos queimados. Agora havia apenas um único tipo de templo, e apenas um único deus.
            Mithras viajou pelo país, nunca ficando muito tempo num mesmo lugar por medo que os outros vampiros o destruíssem. Ele tentava despistá-los encorajando nobres mortais a lutar uns com os outros pelo trono. Um por um, Mithras foi capaz de dividir e destruir seus inimigos.
            Quando retornou para a cidade, foi para colocar um servo mortal no trono. Não havia mais ninguém com o poder ou a inclinação de resistí-lo.Visitantes vinham do exterior e o nomearam como príncipe. Ele governou em paz por algum tempo, e a nação-ilha cresceu em poder. A nação retirou os sacerdotes estrangeiros do poder, e se tornou soberana de si mesma.
            Mithras descobriu que haviam outros de sua espécie com ambição de serem deuses. Eles haviam sido estudiosos, não guerreiros – e confiavam em seus livros cheios de baboseiras. Eles eram organizados, trocando informações e formando alianças por todo o mundo. Os Tremere, como se chamavam, pareciam ter a intenção de governar a tudo. Era necessário impedí-los, destruí-los e destruir a seus seguidores com o fogo, tal como fora feito com ele no passado. Mas os caçadores de bruxas não seriam capazes de encontrar a todos.
            A guerra se arrastava, algumas vezes envolvendo mortais, noutras ocorrendo de modo completamente oculto a seus olhos. Havia fogo e pólvora, rebeliões e estratagemas, mas lentamente a maré da batalha mudou. O crescimento da ciência e indústria cortou o apoio que os tremeres recebiam entre os supersticiosos. Com um poderoso grupo de agentes e algumas manobras políticas astutas, Mithras governou Londres por toda a magnífica era vitoriana.
            Os bombardeiros da 2ª guerra mundial destruíram muitos refúgios e levaram muitos membros de Londres a morte final. Ninguém viu ou ouviu a respeito de Mithras desde então, e alguns já estão começando a imaginar que ele foi destruído.Outros alegam que isso é apenas um meio de fazer os aliados dos Tremere se revelarem.

Senhor Verddartha
Clan: ventrue
Natreza: Autocrata
Comportamento: Arquiteto
Geração 4ª
Abraço: 1258 antes ed cristo 9 nescido em 1235 antes decristo
Idade aparente: 25 anos
Físicos: Força 9, detsreza 7, Vigor 8
Social: Carisma 8, Manipulação 9, Aparência 7
Mental: Percepção 9, Inteligência 9, raciocínio 8
Talentos: Prontidão 8, Esportes 7, Briga 8, Esquiva 7, Intimidação 7, Intriga 7, Liderança 9, Sedução 6, Sentir dissimulação 7, Subterfúgio 7
Habilidades: Arqueirismo 5, festividade 4, Condução 4, Eqtiqueta 6, caçar 5, Armas de fogo 4, Armas brancas 9, Segurança 5, Furtividade 6, Segurança 5
Conhecimentos: Conhecimento de área (Londres 9, Ilhas britânicas 5), Burocracia 8, Segredos da cidade 8 (londres), Conputador 2, Economia 4, Finanças 1, Investigação 1, Conhecimento de membros 7, Direito 3, Linguística 4, Ocultismo 5, Política 6, Ciência 1
Disciplinas: Dominação 9, Fortitude 6, Potência 5, Presença 8, Quietus 4
Antecedentes : aliados 7, Contatos 7, Geração 9, Rebanho 4, Influência 7 , recursos 5, lacaios 6, Status 8.
Virtudes: Consciência 3,  Autocontrole, Coragem  9
Qualidades: Concentração, Sono leve, Vontade de Ferro
Defeitos: Excesso de confiança, Inimizade com um clan (tremere)
Pontos de sangue/Máximo por turno 50/10

Obs.: Mithras se alimenta somente de membros de seu culto. No jargão vampírico, ele é um osíris. Desaparecido desde o bombardeiro em Londres, Mithras pode ter sido destruído, estar em torpor ou apenas se escondendo, esperando que seus inimigos se revelem. Existem muitos rumores, mas ninguém o viu nos últimos 50 anos – ninguém que irá admitir tê-lo visto. Na verdade Mithras foi forçado a um torpor quando seu refúgio foi destruído por explosões alemães em 1941. Seus seguidores leais o levaram para um refúgio secundário, um porão esquecido que agora faz parte das fundações do Centre Point Office, próximo a esquina da rua Oxford com e estrada Tottenham Court. O prédio foi mantido vazio através de vários modos sutis, e Mithras recuperou suas forças enquanto seus peões de confiança agiam. Seu torpor durou menos de um ano, mas agora lhe é conveniente deixar o mundo acreditar que ele foi destruído – Mithras  está aprendendo sobre as facções e brigas de seu clan, assim como mantém a esperança de expor os Tremere.

Imagem: Altura mediana, compacto, porte muscular mediano, pele morena para o padrão de um vampiro, características do belo clássico, olhos escuros, cabelos escuros ondulados na altura dos ombros. Mithras normalmente usa um chapéu macio, preferindo o antigo chapéu persa “gorro frígio”. Ele gosta de roupas largas que não impeçam o movimento.
Refúgio: porão debaixo do edificio do center point office
Dicas de interpretação: você é uma lança bem temperada, um comandante de campo. Você também é o deus dos soldados, pelo menos em alguns lugares e numa certa época. Mova-se com graça, com os movimentos calculados de um artista marcial, sem exibicionismo ou movimentos desnecessários. Olhe nos olhos das pessoas todo o tempo, e tente segurar seus olhares tempo suficiente para deixá-los desconfortáveis. Fale com silenciosa autoridade e num tom que impeça qualquer possibilidade de questionamento..

World os Darkness 1 pág 32 e 33
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             Entretanto, outros grupos descobriram sobre o despertar de Mithras. O surgimento de um matusalém provocou um alarde na comunidade Lupina Britânica (Nota do tradutor: Mas quando ele esteve ativo por eras os garous nada fizeram? Que estranho não?). temendo que algo “da wyrm” estava surgindo, uma gigante e temporária alcatéia de Fiannas e Roedores de Ossos convergiram para o refúgio de Mithras. Guiados até seu alvo por um certeiro faro para a Wyrm, os lupinos ignoraram os pedidos de Mithras sobre negociação, e uma batalha noturna ocorreu na rua Oxford.
            No fim Mithras acabou sozinho, seus lacaios e o grupo inteiro de lupinos jaziam mortos e ensanguentados a seus pés. O matusalém sofreu terríveis ferimentos e no fim da batalha estava praticamente em torpor. Então o assamita antitribu Monty Coven o encontrou. Não sabendo quem era o vampiro antigo, mas sentindo o poder que dele emanava em ondas quase tangíveis, Coven se lançou em Mithras e cravou suas presas no pescoço do matusalém, roubando sua vida, poder e alma.


World Of Darkness II – pág 59

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            O culto a Mithras possui centenas de membros na Inglaterra. Ninguém (com a possível exceção do próprio Mithras) tem certeza de quão grande o culto é, mas existem muitas reuniões individuais em diferentes templos a Mithra. A maioria dos membros do culto são soldados comuns mortais, mas também existem oficiais e nobres dentre suas fileiras, além de cainitas leais a Mithras, que atuam principalmente como sacerdotes e secretários.
            O culto possui 7 subdivisões que se baseiam num antigo sistema, cada divisão está associada com um dos astros planetários. São Corvo (mercúrio), Noiva (vênus), soldado (marte), leão (jupiter), persia (lua), mensageiro do sol (sol) e pai (saturno). O objetivo final é subir de posição e transcender a existência mortal de uma só vez, um estado que o culto chama de aeternitas e associa com o abraço. Os maiores dentre os seguidores de Mithras possuem grandes poderes, e os seguidores do alto escalão estão cientes dos poderes divinos de Mithras e buscam atingir  este mesmo nível.
            Admissão ao culto só é permitida a homens, primariamente soldados e a nobreza. A iniciação é árdua, envolvendo desafios de força e resistência, chicoteamento e penitência, marcação com fogo e sangrias (sempre na presença dos sacerdotes cainitas de Mithras). Depois de passar com sucesso por todos os diversos desafios, o candidato faz um juramento de lealdade e sigilo ao culto. Ele é então batizado no sangue de um touro sacrificado e então admitido no primeiro nível do culto. Em seguida há uma comemoração e um banquete feito com a carne sacrificada. Ao servir ao culto como um soldado devoto (geralmente em batalhas sociais ao invés de em guerras reais), os membros cultistas vão subindo de nível. Existem testes de bravura e de valor, com cerimônias adicionais de iniciação a níveis superiores. Os que atingem o nível de Leão frequentemente se tornam carniçais a serviço dos sacerdotes cainitas do culto, os quais ocupam os níveis mais altos. Os poucos que atingem o nível de Pai frequentemente são abraçados e iniciados em algumas das verdades sobre o culto e sobre seu mestre. Mithras e seus seguidores também dão revelações especiais a cainitas que se unem ao culto, geralmente iniciando-os como soldados e rapidamente guiando-os aos níveis mais altos, caso se provem dignos. Os que se mostram indignos por covardia ou traição encontram a destruição.
            Não é surpresa de que os dogmas marciais do Caminho da Cavalaria sejam agradáveis para os seguidores de Mithras, muitos membros do culto seguem este Caminho. O romance entre uma irmandade marcial e as antigas raízes do culto também atraem muito dos seguidores mortais de Mithras.

Mithras, Lorde de Londres

4ª Geração, Ventrue, Cria de Veddartha

Natureza: Inovador
Comportamento: Autocrata
Abraço: 1258 antes de cristo
Idade aparente: 20 e muitos anos

            Mithras sempre foi um soldado. Em sua vida mortal, serviu a um exército de um rei cujo nome há muito foi esquecido e cujo reino já se transformou em cinzas há mil anos. Ele foi enviado para desentocar alguns rebeldes e acabou abraçado pelo líder dos mesmos. No mundo antigo, Mithras foi adorado como um deus, e aconselhava generais e reis, ocultando o surgimento do império romano. Sua curiosidade e desejo de estar na vanguarda das conquistas do império o trouxeram até a Britânia, onde eventualmente entrou em torpor.
            Agora que retornou, Mithras encontrou novos desafios e oportunidades aguardando por ele. Mithras é paciente, viu impérios surgirem e cairem, e está disposto a dar tempo ao tempo enquanto aproveita sua última conquista. Na verdade, Mithras está se divertindo, mas está melancólico com a possibilidade de que seu último jogo esteja chegando ao fim. Obviamente, Mithras pode simplesmente elaborar outra conquista com a qual se ocupar, e no momento a Escócia o interessa.
            Mithras é cínico e manipulador quanto a seu culto e seus seguidores. Mithras optou por uma antiga divindade para servir a seus interesses, e não acredita em nada maior do que ele mesmo. Mesmo a igreja cristã é relativamente nova para os padrões de Mithras. Ele já viu cultos e religiões irem e virem, e esta religião não lhe parece  diferente em nada. O culto continuará, pelo tempo que lhe for útil.

Ashen Cults pág 46

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Mithras, Príncipe de Londres

            Nascido em terras que hoje são conhecidas como Pérsia, o homem que se tornou príncipe de Londres liderou um exército até as montanhas para derrotar uma rebelião de lordes locais. Foi uma longa e sangrenta batalha – poderes sobrenaturais auxiliaram os rebeldes – mas o exército eventualmente derrotou todos os rebeldes, com uma exceção. O exército reclamou suas cabeças como prova de sua morte. O lorde sobrevivente, que era o líder, usou seus poderes para entrar na tenda do general sem ser perturbado, e forças mágicas impediam o líder de guerra de gritar ou de resistir. O general se preparou para morrer, mas ao invés de executar sua vingança, o líder rebelde reconheceu a força e tenacidade de seu oponente – e ofereceu-lhe uma escolha: a não-vida eterna ou uma morte rápida. O general escolheu a primeira opção, fingindo sua própria morte para enganar a seus mestres e seguidores. Eventualmente ele retornou para a civilização, e seus novos poderes convenceram os habitantes de sua antiga terra natal de que era o deus da guerra, cujo nome ele adotou. Mithras
            O culto a Mithras se encaixou bem com sua existência vampírica, explicando sua rotina noturna e a importância do sangue. Com os recursos do culto, Mithras foi capaz de manipular sociedades mortais e construir um grande império. Entretanto ele eventualmente se cansou de governar nas sombras, e quando um novo, mais dinâmico e militarizado poder surgiu nas terras sob seu domínio, Mithras decidiu viajar para oeste, onde se encontrava este novo poder, estudando sua estrutura militar e de poder. Não demorou muito até que a imagem de Mithras aparecesse em campos de batalha por todo o império romano, numa rede sempre em crescimento de associados militares e ex-militares expandindo sua influência pelo território. Outros cainitas desafiaram a influência de Mithras mas nenhum conseguiu incomodá-lo, a despeito de suas constantes viagens pelas terras do império.
            De certa forma, as terras tranquilas centrais do império entediavam Mithras e ele passou a preferir as terras distantes como a Hispania, Germânia e Britânia – sua terra natal adotiva de 71 antes de cristo. As constantes lutas contra incursões bárbaras agradavam o matusalém, e seu culto estava bem cimentado em todos os níveis da sociedade. Além disso, a ilha-província estava livre da politicagem que havia infestado Roma; a maioria dos que queriam governar a ilha haviam morrido muitos anos antes em revoltas com os povos indígenas. Mithras cotinuou a viajar para a Britânia e para as partes mais ao norte do império, encontrando outros matusaléns como o gangrel Bodhmall; mas Londinium se tornou a sua casa, e o Mithraeum próximo ao rio que corria na cidade se tornou seu refúgio principal. Mais uma vez, outros desafiaram seu poder, inicialmente com sutileza, mas com crescente vigor. Muitos dos dogmas de seu culto (como a celebração de 25 de dezembro, contos sobre o nascimento de uma virgem, 12 seguidores, a morte e ressurreição de seu mártir) foram adotados por uma facção da fé judaica que se espalhou no oeste nos anos em que Mithras residiu na Britânia. Esforços para impedir o crescimento desta fé desprezível ao perseguir seus seguidores foram um completo fracasso, e esta fé acabou se tornando a religião oficial do império romano.
            No século seguinte o império foi se tornando mais fraco e instável, consumindo muitos recursos e gerando colapsos nos governos das províncias mais distantes. Muitos cainitas mais jovens culpavam a Mithras, se voltando contra ele e contra os outros ventrue anciões na Britânia. Ele sobreviveu a numerosos atentados contra sua não vida, derrotando os desafiantes com facilidade, mas os conflitos contínuos minaram sua determinação. Sentindo o peso dos anos – pois estava ativo por mais de 16 séculos – ele viajou para o forte de fronteira em Vercovincium, onde entrou em torpor. Ele acordaria diversas vezes com o passar dos séculos, mas até onde os outros canitas na Britânia imaginavam, Mithras não era mais um fator de interferência a ser considerado em seus afazeres.
            Mithras, acordando logo após a conquista normanda foi um ponto de virada para os cainitas da Britânia, representando o retorno de um poder cainita unificador. Um triunvirato de membros permaneceu contra Mithras e recusaram suas tentativas iniciais de recuperar sua posição de supremacia, contudo no século que se seguiu Mithras enfraqueceu-lhes a base de poder. Em 1154 ele foi reconhecido príncipe, não apenas de Londres, mas de toda Britânia. Revoltas contra sua autoridade em 1215 e novamente em 1254 preconizaram os motins que continuariam na Revolta Anarquista – ainda assim Mithras se agarrou ao poder, seus principais oponentes eram os Toreador de Edinburg e os Tremere de Durham. Ele tacitamente aceitou a  conclusão da Convenção dos Espinhos, usando os princípios da máscara para reinar nos excessos de seus oponentes, embora nunca tenha aceitado a ideologia da Camarilla. Para o príncipe de Londres, a Camarilla era como um jovem que rapidamente atinge a fama e acha que sabe mais do que um matusalém, mas que pode ser manipulado por este para cumprir seus próprios fins.
            A coroação de James I marcou o começo de uma nova fase na Guerra dos Príncipes na Britânia. A nova base de poder do rei escocês estava sob firme controle dos Toreador, removendo pela primeira vez a influênca de Mithras sobre o rei. O conflito cainita alcançou seu ápice com a guerra civil inglesa na metade do século 17, o que restaurou a autoridade de Mithras, mas o deixou entediado. Ele delegou muitos de suas atividades ao senescal, Valerius, que se tornaria príncipe no final do século 18, quando Mithras já estava desaparecido por quase cem anos.
            Para onde o príncipe foi durante este período é um mistério – “para o leste” é tudo o que a maioria sabe, embora a Persia e a India sejam destinos suspeitos – e Mithras retornou para uma Londres muito modificada pela Revolução Industrial e pela políttica cainita. Ele descobriu que Valerius havia gasto os recursos de sua posição, enfraquecendo tanto o posto de príncipe como a posição de Londres. Mithras exonerou Valerius e colocou Anne Bowesley como nova senescal, submetendo-a ao laço de sangue. Mithras trabalha diligentemente para restaurar o dano deixado por Valerius, mas precisa muito de Anne a respeito de como fazê-lo – tendo mais de 3 mil anos de idade, Mithras está profundamente preso a uma mentalidade anacrônica, e luta para se adaptar. Anne tem tido pouco sucesso em dissuadir o príncipe sobre algumas de suas ações mais diretas contra aqueles que o desagradam.

Imagem: pele morena e estrutura compacta, com características bonitas, olhos sombrios e cabelos escuros na altura dos ombros. Mithras é extremamente carimático, mesmo sem suas habilidades vampíricas. Ele geralmente usa um chapéu macio de estilo fríngio e roupas soltas que não impeçam o movimento.

Dicas de interpretação: Você irradia energia e poder, sua autoridade se torna clara até para o mais casual observador. Você não é dado a discursos precipitados, mas quando fala suas palavras carregam o peso de milênios. Você é desapegado, quase entediado com coisas mundanas, mas isso oculta sua pespicaz mente política e temperamento violento. Considerando os anos que você caminhou pela terra, e o poder que sustenta seu corpo imortal, sua mentalidade não tem quase nada de humana – seu intelecto, motivações e moralidade são estranhas para todos exceto para os membros mais antigos. Na verdade, cainitas menos perspicazes usariam a palavra insano.

Clan: Ventrue
Natureza: Autocrata
Comportamento: Arquiteto
Geração: 4ª
Abraço: 1258 antes de cristo
Senhor: Antediluviano Ventrue
Idade aparente: 25 anos

Físicos: Força 9, Destreza 7, Vigor 8
Social: Carisma 8. Manipulação 9, Aparência 7
Mental: Percepção 9, Inteligência 9, Raciocínio 8

Talentos: Prontidão 8, Atletismo 7, Briga 8, Esquiva 7, Intimidação 7, Intriga 7, Intuição 7, Liderança 9, Subterfúgio 7

Habilidades; Arqueirismo 5, Condução 4, Etiqueta 6, Armas de fogo 4, Armas Brancas 9, Segurança 5, Furtividade 6, Sobrevivência 5

Cinhecimentos: Cnhecimentos de área (Londres 6, Ilhas Britânicas 4), Burocracia 8, Conhecimento da Camarila 4, Segredos da cidade (londres) 5, Economia 4, Finanças 1, Investigação 1, Direito 3, Linguística 4, Ocultimo 5, Política 6, Conhecimento do sabá 2, Ciência 1

Disciplinas: Dominação 9, Fortitude 6, Potência 5, Presença 8, Quietus 4

Amntecedentes: aliados 7, contatos 7, rebanho 4, influência 7, recursos 5, lacaios 6, Status 8

Virtudes: Convicção 3, autocontrole 5, Coragem 5

Humanidade 2

Força de vontade 8

Observação: O sangue de mortais não pode sustentar a não vida de vampiros da idade de Mithras – ele sópode obter sustento do sangue de outros cainitas.

London by night pág 102, 103 e 104

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Mithras, Príncipe de Londres
4ª geração, ventrue, cria de Veddartha, seguidor do Caminho dos Reis

Natureza: Inovador
Comportamento: Autocrata
Abraço; 1258 antes de cristo
Idade Aparente; 25 anos

            Como um soldado em vida, Mithras recebeu o abraço em 1258 antes de cristo e se estabeleceu como o “deus da guerra” de vários povos. Como o lorde da luz foi considerador o portador da civilização e da moralidade, passando seus dias guiando o sol pelos céus, só aparecendo portanto durante a noite. No século antes de cristo seu culto estava bem estabelecido em Roma, embora ele próprio estivesse sendo incomodado por rivais imersos na intricada política do império.
            A expansão do império levou Mithras para a Britânia, onde seu culto floresceu entre os soldados na província de fronteira – e ele rapidamente se tornou um dos principais lordes cainitas do local, Mithras então decidiu entrar em torpor conforme as terras caíam sob domínio do barbarismo. Mithras dormiu de modo intermitente, mas não despertou completamente até os anos da conquista normanda – despertando para descobrir que o “culto do pastor” (como ele chamava o cristianismo) havia crescido além dos seus piores receios e havia incorporado muitos dos aspectos de sua própria religião.
            Tentativas de reconstruir seu culto e influência encontraram inicialmente firme resistência de outros cainitas, mas usando subterfúgio e manipulação, Mithras foi capaz de abrir caminho até o poder. Mithras foi eventualmente aceito como lorde dos Baronatos de Avalon conforme a sociedade mortal se estabeleceu sob o reinado de Henry II. Sua idade, poder e carisma o permitiram dominar uma área sem precedentes, vagamente análoga ao império angevino, só que mais forte na Inglaterra – área que domina com a astúcia e cinismo de um mestre.

Dark Ages Europe pág 29

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            Poucas cidades estão tão firmemente dominadas pelos altos clans como Londres. Mithras não apenas é Ventrue de corpo e alma, determinado a manter o domínio dos amaldiçoados em geral e dos Lordes de Guerra (ele mesmo) em particular, como também é um dos mais velhos e individualmente poderoso príncipe atualmente em atividade na Europa Ocidental. Mithras exerce a maior parte de seu poder político na corte de avalon em função da sua extensa rede de aliados e contatos na ilha e em cooperação com os barões e lordes cainitas britânicos. Dois conselhos completos apoiam o governo de Mithras. O conselho secreto - que consiste nos baronatos de Lincoln, York, carlisle e canterbury e representantes de bordeaux – é a maior autoridade da terra e pode até mesmo obliterar o próprio Mithras com um voto unânime. O grande conselho é formado por todos os baronatos cainitas da Inglaterra, assim como representantes dos feudos de gales, escócia e irlanda. Os associados destes dois conselhos é quase completamente composto de membros dos altos clans, cuja vasta maioria vem das fileiras ventrue.
            Nenhum dos baronatos é forte o bastante para individualmente tirar o poder de Mithras. além de possuírem rivalidades entre si, tornando qualquer aliança contra o príncipe improvável na melhor das hipóteses. Onde o poder de Mithras é fraco, como na igreja, os Toreador – muitos dos quais possuem conexões com o príncipe Geoffrey de Paris – mantém o controle. Apesar de todas suas constantes batalhas políticas (o toreador walter de vezelay é um rival do príncipe em particular, e melusine danjou, a baronesa de winchester – são os mais poderosos lordes da ilha além do próprio mithras) as disputas raramente culminam em conflitos diretos. Alguns poucos cainitas tantos dos baixos como altos clans fazem tentativas ocasionais para conquistar seus próprios territórios fora de terras de domínio inglês, ou na escócia e país de gales, mas até o momento a distração fornecida pelos toreador não foi suficiente para impedir Mithras e seus subordinados de reagir rápida e decisivamente a qualquer intrusão em seus domínios.
            Mesmo aqueles cainitas que mantém posições de poder sob o domínio de Mithras, não representam perigo ao primeiro amaldiçoado. Baronesa Seren se Gloucester é uma malkaviana, mas seus juramentos a mithras, tanto de sangue como verbal, a tornam politicamente numa ventrue para todos os propósitos práticos. Rikard de Worde, o nosferatu mestre dos espiões de mithras, é absolutamente leal a seu príncipe e usufrui do status dado a ele por ter esta posição. E caso o lorde de guerra do príncipe, o gangrel Aethewulf, se volte contra seu lorde – algo praticamente inimaginável para um devoto membro do culto de Mithras – encontrará o ventrue Valeriu ansioso esperando qualquer desculpa para usurpar sua posição.
            Por todo seu poder, o domínio de Mithras não permaneceu sem ser desafiado neste período de revoltas. Os desiludidos grupos de cainitas mencionados anteriormente ainda mão causaram alguma grande dificuldade, mas continuam tentando. As maquinações dos Toreador não são ameaça a seu domínio, mas constantemente arrancam lascas nos limites de sua influência. Setitas em Cardinganshire se infiltraram em diversos de seus feudos mais distantes e parecem estar puxando as cordas do lorde ventrue Edwyll, o enviado de Mithras a corte de Seren. Além disso, o ódio do próprio príncipe para com os Tremere pode eventualmente inspirá-lo a agir contra Merlinda e contra a capela Portão do Leão em Durham. Uma guerra entre os Ventrue e os Tremere na Britânia não apenas forneceria oportunidades sem precedentes para os baixos clans de arrancar um pouco do controle do primeiro amaldiçoado, como também pode comprometer as alianças dos usurpadores da Europa. Tantos os setitas de Cardinganshire como um grupo de prometeus liderados por um Toreador beneditino chamado Irmão John estão envolvidos em vários esquemas para fomentar a disputa, espalhando rumores falsos sobre os Tremere nos locais onde os agentes de Mithras provavelmente os escutarão e vice versa – chegando a ir tão longe a ponto de sabotar as atividades dos Tremere disfarçados de servos do príncipe. O senescal do príncipe, um capadócio de nome Roger de Camden, e o mestre dos espiões Worde estão envolvidos em ocultar investigações sobre as atividades Tremere. Eles estão começando a suspeitar de que alguém de fato está tentando incitar os Usurpadores contra o príncipe. Contudo até o momento Mithras em seu ódio pelo clan se recusa a reconhecer qualquer possibilidade que não confirme suas suspeitas sobre Meerlinda e sua capela.

Players Guide to High Clans pág 68

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       A ilha da Britânia está firmemente nas mãos de Mithras, Lorde de Londres desde as antigas noites romanas, e divindade de seu próprio culto de soldados (tendo usurpado o papel de uma divindade persa). Entretanto o domínio de Mithras é organizado de forma levemente diferente de outras grandes cortes monárquicas. Embora o culto e influência de Mithras nunca tenha desaparecido completamente da noite Londrina, ele permaneceu em torpor por seis séculos até despertar no tempos das conquistas normandas em 1066. Para restabelecer seu poder, Mithras fez acordos com muitos companheiros de clan normandos e outros vampiros de influência. Assim eles soam menos como vassalos acovardados e mais como pequenos lordes independentes, que podem moldar o destino da Britânia ao agirem em conjunto. Eles retutantemente reconheceram as petições de Mithras sobre a Inglaterra em troca de certos direitos e considerações. A principal delas é a de que Mithras não pode formar ou organizar exércitos além de sua guarda pessoal (uma maneira de restringir o culto guerreiro popular que Mithras envolveu em torno de si). Apenas os barões tem a permissão de ter tropas oficiais. Em troca, os barões juram, alguns sob laço de sangue, a  defender Londres e Mithras. Embora isso pareça colocar Mithras numa posição difícil, na verdade é uma de suas vantagens. Nenhum barão ousaria atacar individualmente a Londres com medo de que os outros possam retaliar. E nos 170 anos desde então Mithras foi capaz de voltar o sistema ainda mais em sua vantagem. Muitos dos Baronatos menores ficaram sob domínio mais direto conforme seus governantes se uniam ao culto do monarca ou se submetiam ao juramento de sangue. Somente um punhado de barões mais poderosos se aproximavam do status de Mithras e lhe podiam fazer exigências. Por direito estes poderosos barões deveriam ser condes ou duques, mas abstinham-se destes títulos, uma vez que as petições formais de Mithras eram com os Baronatos da Britânia.
            Mithras é também um dos poucos monarcas a dominar um domínio real, recebendo emissários e mantendo seus barões em cheque a partir de seu palácio em Londres. É de conhecimento comum que Mithras viaja até as Cortes do Amor na França e que regularmente visita seus companheiros ventrue no sacro império romano. Embora tenha muitos inimigos, Mithras é um monarca popular que está alegre em conduzir a prosperidade e estabilidade para os mortais da Inglaterra , enquanto outras cortes lidam com assuntos mais urgentes.
            A maior preocupação de Mithras é o surgimento dos Tremere, e ele de forma não oficial apóia os tzimisce na guerra dos presságios (omen war). Isso o deixa numa má posição com a agenda de Hardestadt e Lord Jurgen a respeito da expansão para o leste, e com isso ambas as cortes ventrue estão se separando. Embora os Tremere tenham cruzado o canal inglês, Mithras mantem um olho atento e faz com que seus barões restrinjam a influência Tremere em todas as esquinas. Os problemas dinânicos da França e Inglaterra, e a perda de terras normandas estremeceram as outrora cordiais relações entre Mithras e a Corte do amor. A situação instável de Paris apenas piora tudo. A matriarca de Paris estabeleceu fortes ligações com Hardestadt, presumivelmente para cimentar a recuperação da Grande Corte em Paris. Lá ainda existem baronatos que abrigam vampíros druidas conhecidos como Lhiannan (contra os quais Mithras  lutou por séculos), e outros tipos de inimigos e foras da lei.
            Os problemas da França e o surgimento dos proscritos se situam na raiz de toda a tensão entre os poderosos barões. Embora nenhum diga em alta voz, alguns barões (os de York e Carlisle) sussurram que Mithras está ficando fraco e está levando a corte de avalon para a ruína. Embora ninguém tenha mencionado a palavra revolta, o ar em Londres está tenso. Esta não seria a única vez que Mithras enfrentaria uma tentativa de golpe, e ele está preparado.

Dark Ages Vampire págs 55 e 56.


3 comentários:

Alberto disse...

Olá amigo. Venho acompanhando seu blog já faz um tempo e acho que está fazendo um ótimo trabalho, parabéns. Curto muito ver as fichas e histórias de personagens oficiais.

No momento eu venho procurado pela ficha e/ou história do personagem chamado Adonai, o fundador dos Salubri Antitribu. Gostaria de saber se você tem informações mais detalhadas sobre este NPC, uma vez que só encontrei informações superficiais sobre ele. Se tiver, ficaria muito grato se pudesse postar aqui.

Desde já, agradeço.

Luk disse...

infelizmente este personagem só é citado no Guia do Sabá

WSouBar disse...

Excelente site amigo. Meus parabéns, continue atualizando.

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